Quero no Dia das Mães falar sobre o ato de tocar.
A pele é o maior órgão dos sentidos do corpo,
curamos pelo toque, amamos pelo toque,
ferimos pelo toque bruto
ou pelo simples fato de não tocar.
Certa vez li um artigo com o desabafo de uma senhora, mãe e avó que era "obrigada", segundo suas próprias palavras a, todos os aanos, ir comemorar o Dia das Mães numa Churrascaria.
Ela , ficava à parte, ouvindo aquele barulho estonteante, filhos e netos satisfeitos,
carnes de todos os tipos, bebida farta...
todos felizes, menos ela, que assistia calmamente a "sua" festa...
E pensava:
"Por que nunca me perguntaram se eu gosto disso?
Não, ela gostava de silêncio e... não comia carne.
Ninguém lembrou-se desse "pequeno" detalhe.
Ou seja, a reunião festiva era em homenagem à velha senhora matriarca da família...
e ela nem um abraço recebia.
A maior felicidade era voltar e descansar ...
Podemos pensar que é exagero, se realmente existe alguém que não expressa a sua vontade. Alguns dirão:
"Se fosse eu, não iria, reclamaria e etc etc..."
Será?
Quantas vezes não nos importamos de dar
um simples abraço numa pessoa querida,
usando este argumento:
"Ah, ela não gosta. Nunca pediu!"
Amigos, não é fácil dizer um Não,
quem normalmente impõe sua vontade...
fica só.
Vejo tanta gente assim, triste por sentir-se sozinha,
e não sabendo como expressar-se pela palavra, principalmente os mais velhos.
Trago esta poesia, que serve como um alerta,
para que nós pensemos menos em presentes, festas barulhentas,
e transformando este dia, em mais uma data comercial.
Que nos lembremos da palavra "solidão".
Muitas vezes uma pessoa está cercada de gente,
triste, sentindo-se irremediavelmente só.
Tocar, abraçar, beijar...
é essencial na vida
de qualquer um de nós!
Minnie Remembers
" Deus,
Minhas mãos estão velhas
Nunca disse isso em voz alta
mas estão.
Antes eu sentia tanto orgulho delas
Eram macias
Como a maciez aveludada
de um pêssego firme
e maduro
Sua maciez agora é mais como a dos lençóis velhos
ou das folhas murchas.
Quando foi que mãos esguias e graciosas
como aquelas
tornaram-se essas garras
encolhidas e encurvadas?
Quando Deus?
Aqui pousam elas no meu colo
Lembranças cruas deste desgastado corpo
que me serviu tão bem!
Quanto tempo faz desde a última vez
em que alguém me tocou?
Vinte anos?
Há vinte anos sou viúva.
Respeitada.
Objeto de sorrisos.
Nunca porém tocada.
Nunca trazida para tão perto que a solidão
se dissipasse.
Lembro do modo como minha mãe costumava me segurar, Deus.
Quando estava com minha carne ou meu espírito doendo,
ela me puxava para perto de si,
alisava meu cabelo sedoso,
e acariciava-me nas costas, com o calor de suas mãos.
Oh, Deus, estou tão só!
Lembro-me do primeiro rapaz que me beijou.
Éramos os dois tão tão inexperientes!
Sabor de lábios juvenis e pipoca,
sensação íntima de mistérios por virem
Lembro-me de Hank e dos bebês.
De que outro jeito posso lembrar-me deles
Senão juntos?
Das desajeitadas e ávidas tentativas de
amantes novos brotaram os bebês
E conforme cresciam, crescia nosso amor.
E, Deus, Hank parecia não se importar
que meu corpo tivesse perdido um pouco de seu brilho e elasticidade.
Ele ainda o amava. E o tocava.
E não nos importávamos por não estarmos mais tão lindos.
E as crianças abraçavam-me tanto.
Oh, Deus, estou sozinha!
Deus, por que não criamos as crianças
para serem tolase afetuosas
assim como dignas e adequadas?
Sabe, elas fazem o que devem.
Dirigem seus belos carros,
Vêm até meu quarto em sinal de respeito.
Sua conversa é animada, recordam-se
mas não me tocam.
Chamam-me
"Mamãe", "Mãe" ou " Vovó"
Minnie jamais.
Minha mãe chamava-me Minnie.
Meus amigos também,
Hank me chamava também de Minnie.
Estes porém já se foram.
Como Minnie, que se foi.
Só Vovó restou.
Deus!
E como ela está só!"
* autora: Donna Swanson
Queridas Mães,
que todas sejam coroadas pelo suave toque do AMOR!
E que nunca esqueçamos de abraçar,
de beijar a quem amamos,
a quem preciso for...
e que sempre recebamos o tanto amor
que soubemos doar!
Feliz dia das Mães!
" Deus,
Minhas mãos estão velhas
Nunca disse isso em voz alta
mas estão.
Antes eu sentia tanto orgulho delas
Eram macias
Como a maciez aveludada
de um pêssego firme
e maduro
Sua maciez agora é mais como a dos lençóis velhos
ou das folhas murchas.
Quando foi que mãos esguias e graciosas
como aquelas
tornaram-se essas garras
encolhidas e encurvadas?
Quando Deus?
Aqui pousam elas no meu colo
Lembranças cruas deste desgastado corpo
que me serviu tão bem!
Quanto tempo faz desde a última vez
em que alguém me tocou?
Vinte anos?
Há vinte anos sou viúva.
Respeitada.
Objeto de sorrisos.
Nunca porém tocada.
Nunca trazida para tão perto que a solidão
se dissipasse.
Lembro do modo como minha mãe costumava me segurar, Deus.
Quando estava com minha carne ou meu espírito doendo,
ela me puxava para perto de si,
alisava meu cabelo sedoso,
e acariciava-me nas costas, com o calor de suas mãos.
Oh, Deus, estou tão só!
Lembro-me do primeiro rapaz que me beijou.
Éramos os dois tão tão inexperientes!
Sabor de lábios juvenis e pipoca,
sensação íntima de mistérios por virem
Lembro-me de Hank e dos bebês.
De que outro jeito posso lembrar-me deles
Senão juntos?
Das desajeitadas e ávidas tentativas de
amantes novos brotaram os bebês
E conforme cresciam, crescia nosso amor.
E, Deus, Hank parecia não se importar
que meu corpo tivesse perdido um pouco de seu brilho e elasticidade.
Ele ainda o amava. E o tocava.
E não nos importávamos por não estarmos mais tão lindos.
E as crianças abraçavam-me tanto.
Oh, Deus, estou sozinha!
Deus, por que não criamos as crianças
para serem tolase afetuosas
assim como dignas e adequadas?
Sabe, elas fazem o que devem.
Dirigem seus belos carros,
Vêm até meu quarto em sinal de respeito.
Sua conversa é animada, recordam-se
mas não me tocam.
Chamam-me
"Mamãe", "Mãe" ou " Vovó"
Minnie jamais.
Minha mãe chamava-me Minnie.
Meus amigos também,
Hank me chamava também de Minnie.
Estes porém já se foram.
Como Minnie, que se foi.
Só Vovó restou.
Deus!
E como ela está só!"
* autora: Donna Swanson
Queridas Mães,
que todas sejam coroadas pelo suave toque do AMOR!
E que nunca esqueçamos de abraçar,
de beijar a quem amamos,
a quem preciso for...
e que sempre recebamos o tanto amor
que soubemos doar!
Feliz dia das Mães!
6 comentários:
LINDAS MENSAGENS ADOREI!
FICO MUITO FELIZ EM VIR AQUI NO SEU BLOG!
BJIM
Quanta verdade neste post...
Feliz dia das mães!
Bjos na alma!
Minha querida Maria Izabel!
Que linda mensagem e como é verdadeira...o toque de amor realiza milagres!
Desejo que você tenha um Dia das Mães especial, abençoado e feliz.
Um beijo grande, agradecido e alegre!
Astrid Annabelle
Gostei imenso do seu post, refere-se a uma realidade muito presente, aceitar tudo, para não ficar ainda mais à margem! É triste a solidão, quando mais se precisa de companhia e carinho.
Bom dia da Mãe e as suas melhoras.
Beijinhos,
Manú
Ai Maria Izabel, que lindura isso! Eu tb acho que essa data, assim como tantas são só comércio, que alguém inventou para vender perfumes ou meias ou panelas (pobres das que ganham panelas...)Eu não sou muito adepta dessas datas não, mas como todo mundo fala, comemora, eu acabo embarcando na onda tb...e como esse texto é verdade...vamos deixando pra trás "aquela" mulher que fomos, para nos tornarmos mães, avós...um ser sem nome, sem vontade...é o horror do fim da vida....repensemos tudo isso...ainda é tempo...
Grande beijo amiga Maria Izabel!
Querida Maria Izabel,
Feliz dia das Mães!!!
Está deslumbrante sua postagem... Adorei!
Parabéns e aplausos de pé!!!
Deus abençoe você e sua família sempre...
Beijos no coração.
Com carinho,
Cely.
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