Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

domingo, 29 de novembro de 2015

Nasceu na hora errada e morreu só para aborrecer



Importa
Incomoda
O peixe
Morto
Na lama?
Estava no lugar errado na hora errada.

Importa
Se o peixe
Vale menos
Que a criança
que morre de fome
Por falta do pai morto na lama?
Quem mandou nascer
O pai, a criança e o peixe?
Estavam no lugar errado na hora errada.

Importa
O senador de lama
Que ajuda
O bode
Expiatório
De lama
 Que rouba
O metal maldito
Por motivos humanitários.
senadores,
magistrados,
políticos
presidentes,
deputados,
vereadores
Com lama na alma
Todos no lugar certo na hora correta.

E para onde vai o metal maldito?

Importa?
Todos reunidos na França colorida.
Chefes de estado
Donos da lama.
E juntos vão decidir em
Acordos sanguessugas
Que a lama podre
Do podre e pobre
Estava e estará
Sempre
No lugar certo na hora correta.
É assim
Que foi
Desde o
Princípio.
E assim
Será para sempre.

É a lei
Do barro criado
e à lama voltará.
Para sempre
Por todos os tempos.

Maldito
Pobre peixe podre
Podre homem pobre.
Têm que aprender a lição!
E comer as migalhas nas mãos
Ou enterrado no chão.
Quem mandou estar sempre
No lugar errado na hora errada.

Só presta esse homem podre
Vivo
Nas eleições!
Pois é cego
Igualmente oportunista
Tem memória curta
E como o peixe
Só vale como refeição.

Malditos os homens que nascem para dar trabalho aos poderosos chefes da nação!
Malditos os peixes que ousam nadar em águas doces e claras!
Malditos os bodes que ousam fazer delação!
Malditos os que roubam e são descobertos.
Dão trabalho
Aborrecem.
Criminosos
Ousados
Enlameados
Alta periculosidade.


Maria Izabel Viégas

2 comentários:

Lúcia Soares disse...

Um grito que não quer calar, tem que sair, né?
Um jeito que nunca vamos entender, de que os bons sofrem e os maus se beneficiam. Mas há de haver uma reviravolta, que não seja aqui, mas em algum outro lugar.
Eu nem sei falar dessa tragédias, ou dessas tragédias que nos abalam os dias. A mim só resta rezar e pedir a Deus misericórdia.
Beijo e boa semana, minha bela andarilha. Assim que gosto, indo e vindo, embora desassossegada. Aquiete-se, minha amiga, isso tudo passará e embora as vidas perdidas não possam retornar, hão de estar em um bom lugar.
Love.

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Izabel
Venho convidar-lhe pessoalmente para a nossa VI Interação de Natal...

http://www.idade-espiritual.com.br/2010/12/blogagem-coletiva-natal_08.html

Pena que não querem ver... só olham como foi o desastre ambiental...
Bjm fraterno