Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

domingo, 22 de novembro de 2020

Trago em mim alegria de estar aqui encarnada
Descobri-me, com surpresa, já adulta, que não era ariana(sol no signo de Áries).
Fiz meu primeiro e único( pago em dólares na época) aos 41 anos numa fase em que cuidava de minha mãe em estado terminal. Nestes tempos fazia eu uma especialização, escrevia minha monografia e me dividia entre uma mesa repleta de livros, família, filhos, trabalho na obra social e nos cuidados com minha mãe.
Foi um período bem difícil, uma ano indo à casa dela levando remédios, fazendo sua higiene e  limpezas brutas na casa,(e que limpezas!) Fazendo comida bem gostosa para ela e para sua cadelinha. E sofrendo a dor de não conseguir trazê-la de volta. Maria tinha só 78 anos. Ela morava longe.
Quem tem uma Lua em Escorpião vai entender que relação existia. vai entender o que falo.
Quando ela estava ficando pior tive que trazê-la para minha casa.
Ela não queria. sabem o porquê? Dona Maria tinha um namorado e sabia que estaria longe.
Nem mais se locomovia e ainda queria namorar. Eu neste momento já havia aprendido o sentido do perdão.
Maria era uma criança, minha filha. Eu entendi que o carma ali era meu e não dela.
Era ingênua nas doidices que fazia.
Eu nascera com mais compreensão... ela fazia e esquecia.
Eu tinha, desde pequena, de tomar conta dela. Vezes doía, era um misto de amor e ódio.
Sim, ódio, amigos de " espiritualidade lindinha" - ódio é quando olhamos para os ceus e perguntamos: Por que eu?

para terminar...

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