Importa
Incomoda
O peixe
Morto
Na lama?
Estava no lugar errado na hora errada.
Importa
Se o peixe
Vale menos
Que a criança
que morre de fome
Por falta do pai morto na lama?
Quem mandou nascer
O pai, a criança e o peixe?
Estavam no lugar errado na hora errada.
Importa
O senador de lama
Que ajuda
O bode
Expiatório
De lama
Que rouba
O metal maldito
Por motivos humanitários.
senadores,
magistrados,
políticos
presidentes,
deputados,
vereadores
Com lama na alma
Todos no lugar certo na hora correta.
E para onde vai o metal maldito?
Importa?
Todos reunidos na França colorida.
Chefes de estado
Donos da lama.
E juntos vão decidir em
Acordos sanguessugas
Que a lama podre
Do podre e pobre
Estava e estará
Sempre
No lugar certo na hora correta.
É assim
Que foi
Desde o
Princípio.
E assim
Será para sempre.
É a lei
Do barro criado
e à lama voltará.
Para sempre
Por todos os tempos.
Maldito
Pobre peixe podre
Podre homem pobre.
Têm que aprender a lição!
E comer as migalhas nas mãos
Ou enterrado no chão.
Quem mandou estar sempre
No lugar errado na hora errada.
Só presta esse homem podre
Vivo
Nas eleições!
Pois é cego
Igualmente oportunista
Tem memória curta
E como o peixe
Só vale como refeição.
Malditos os homens que nascem para dar trabalho aos poderosos chefes da nação!
Malditos os peixes que ousam nadar em águas doces e claras!
Malditos os bodes que ousam fazer delação!
Malditos os que roubam e são descobertos.
Dão trabalho
Aborrecem.
Criminosos
Ousados
Enlameados
Alta periculosidade.
Maria Izabel Viégas
Incomoda
O peixe
Morto
Na lama?
Estava no lugar errado na hora errada.
Importa
Se o peixe
Vale menos
Que a criança
que morre de fome
Por falta do pai morto na lama?
Quem mandou nascer
O pai, a criança e o peixe?
Estavam no lugar errado na hora errada.
Importa
O senador de lama
Que ajuda
O bode
Expiatório
De lama
Que rouba
O metal maldito
Por motivos humanitários.
senadores,
magistrados,
políticos
presidentes,
deputados,
vereadores
Com lama na alma
Todos no lugar certo na hora correta.
E para onde vai o metal maldito?
Importa?
Todos reunidos na França colorida.
Chefes de estado
Donos da lama.
E juntos vão decidir em
Acordos sanguessugas
Que a lama podre
Do podre e pobre
Estava e estará
Sempre
No lugar certo na hora correta.
É assim
Que foi
Desde o
Princípio.
E assim
Será para sempre.
É a lei
Do barro criado
e à lama voltará.
Para sempre
Por todos os tempos.
Maldito
Pobre peixe podre
Podre homem pobre.
Têm que aprender a lição!
E comer as migalhas nas mãos
Ou enterrado no chão.
Quem mandou estar sempre
No lugar errado na hora errada.
Só presta esse homem podre
Vivo
Nas eleições!
Pois é cego
Igualmente oportunista
Tem memória curta
E como o peixe
Só vale como refeição.
Malditos os homens que nascem para dar trabalho aos poderosos chefes da nação!
Malditos os peixes que ousam nadar em águas doces e claras!
Malditos os bodes que ousam fazer delação!
Malditos os que roubam e são descobertos.
Dão trabalho
Aborrecem.
Criminosos
Ousados
Enlameados
Alta periculosidade.
Maria Izabel Viégas