Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sêneca, na Memória dos Tempos









Sinto a mão de Deus em todas as coisas que existem no mundo.
Acredito que nosso planeta foi honrado com a assistência de Mentores Espirituais que nunca descansaram, sempre nos enviando sob a forma de inspiração, grandes verdades.
Nunca estamos sós...
E aquele que quiser uma orientação do como viver, só precisa abrir um livro e "ouvir" as orientações sábias dos "intermediários" dos deuses.
Hoje penso algo que me parece uma novidade.
E , de repente, lá encontramos há milênios um mensageiro que a proferiu.

Sinto e disso tenho profunda pena que o ser humano perdeu e perdeu-se na a Memória dos Tempos.
Muitos permanecem adormecidos, ou melhor, anestesiados, numa espécie de torpor intelectual e moral.
Estarrece-me como e quanto palavras tão profundamente inúteis tais como: "Ai se eu te pego; assim você me mata" espalham-se por todos os continentes.
Num contraponto,traz-me imensa felicidade ver o quanto  grupos de homens e mulheres estão se congregando num movimento puro de renovação, abrindo canais para as energias do Bem, estabelecendo conexões com o Poder Superior Supremo e Sagrado.

Trago aqui pensamentos de Sêneca - Lucius Annaeus Seneca - nascido em Córdoba, Espanha
no ano 4 a.C e morreu, ou melhor, foi "obrigado a se suicidar" no ano 65 , em Roma, acusado de ter participado de uma conspiração.
Filósofo, político, orador e dramaturgo.
Seu trabalho teve grande influência nas obras literárias da Renascença, principalmente em Shakespeare.
Sua obra de cunho moral influenciou Montaigne, Calvin e Rousseau.

Digam-me: não parece ter sido escrita por um autor da atualidade?
E quantos acham tais palavras "novidades"!

"Ninguém é bom por acaso, a virtude deve ser aprendida."

"Se um homem não sabe a que porto se dirige, nem o vento lhe será favorável."

"Nada é tão lamentável e nocivo como antecipar desgraças."

"Toda crueldade resulta da fraqueza."

"Se quiser ser amado, ame."


"Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada. não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!"

Sêneca  (¹)



(¹) Esclarecendo:
 Encontrei o texto sobre os riscos da vida em várias fontes como sendo de Sêneca, em outros de autor desconhecido. Não encontrei em que obra estava inserido este texto...
Li vários pensamentos do filósofo que mostram ser este seu pensar.

Fica pois a mensagem que me parece excelente.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A bola de Einstein e eu, uma folha.





"A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos."

Albert Einstein


Será?
O jogo é tão simples assim?
Einstein,
olha só, preciso te contar.
Tu és um gênio?
Sim!
És!
Mas eu que sou uma simples folhinha de árvore soprada pelo vento.
Atrevo-me a te contestar.
Tem gente que não joga bola alguma e recebe uma "bolada" de volta!
tem gente que joga bola azul
e cai na casa do vizinho
este não devolve
pois o cachorro pegou primeiro
e comeu a bola.
ou o menino pegou
e achou que era um presente do céu..
E meninos pequenos são...
infinitamente pequenos.
Inocentes, inocentes
sempre serão!.
Logo...
Jogando a bola azul, verde,
com força ou sem força.
Quem determina os retornos das ações
nem sempre são as nossas ações.
Não somos indivíduos sozinhos.
Somos um emaranhado de gente.
Somos uma grande peça de xadrez.
Somos flocos de neve
tão sem poder de interferir
no nosso destino
que , num repente, vamos flocar
numa terra de calor,
tipo zona dos trópicos.
Tem acontecido muito por estas terras brasis.
A culpa foi minha?
Eu nasci floco de neve européia e vim parar por terras estranhas?
O mundo faz cada trapaça com a gente!
E somos vezes levados pela maré cheia e
retornamos encharcados na vazante.
sem nem perceber.
E nem ter jogado bola nenhuma.
Einstein,
deixa para lá!
Eu sou uma folha levada pelo vento.
Não entendo mesmo de nada.
Na verdade, quem me contou
estas histórias foi o próprio vento.
Que vive a me arrastar de um lado para o outro,
sem me dar motivos ou razão.
E afinal,
qual a cor da bola que eu devo jogar?
Vou ver se volto
na próxima vida
uma bola.
E torcer para ser achada
pelo menino bem pequenino,
que não sabia de nada do mundo
e que me amou
e se alegrou comigo,
seu presente que veio do céu!
Tomara que não haja vento!
O vento é um insuportável sujeito
que a seu bel prazer
me obriga
a voar,
a voar,
a voar.

E nem bola eu tenho para jogar!
Se eu tivesse, aprenderia a comandar a minha vida!

Nota da autora sobre o tema:

Acho que não entendeu nada do que Einstein falou.
Acontece.
Afinal, que entende uma folha acerca das palavras do gênio.
Ou será, que ela sempre gosta de ver o outro lado das questões?
Isso também,
Acontece!

Maria Izabel Viégas



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Nasci de noite, pensei que era dia.



Sofro de uma doença gravíssima.

Trocar a noite pelo dia.

Dormir de dia
Prazer gostoso.
Dormir de noite
Heresia.
Não é insônia.
Isso tem nome:
Rebeldia.
Que anjo me mandou 
nascer de madrugada
Numa noite de lua cheia?
Minha mãe e meu pai acordados.

Só sei que sai apressada.
Curiosa em conhecer mãe Maria.
E, mais uma surpresa! 
Tinha meu pai Alberto,

Que me acalentou, em êxtase,
 pura alegria!
Ora, não é minha culpa.

Achei que a noite era o 'meu' dia!


- Maria Izabel Viégas -

domingo, 1 de setembro de 2013

É Setembro! É primavera chegando!


Primavera tem bater de coração
não sei porque razão
é meu instinto
Setembro
Traz a mensagem
que a primavera
está pronta
para despertar!
Cantarolando fica
meu coração
nos setembros.
Setembreio
desde agosto
(eita mês tão sem graça)
parece que algo pesado
vai desprender do meu corpo.
Ou será de minha alma?
Não, alma nem se liga nisso!
Alma sempre florida na sua eternidade!
É meu inconsciente,
misterioso embusteiro,
que guarda algo
e não me conta.
Só me assombra nos sonhos.
Onde estou ali distraída.
Fico sempre matutando
o porquê do inconsciente ser tão leviano?
Porque nos ataca quando nos entregamos ao descanso?
Só sei que foi assim
desde que me entendi por gente.
Bem, se é que já aprendi a ser gente.
Tem vezes que sou tão bicho
tão incontrolável instinto
sou águia
sou lobo
sou leoa
sou passarinho
confesso: ando em estado golfinho...
Deve ser a primavera
golfinho é pura alegria
golfinho,
será o tal setembreio
que me envolve em sorrisos?
Algo além do cognoscível
acontece comigo.
Nasci em 21 de março
no Rio de Janeiro,
sou um ser outonal,
pois aqui nesse hemisfério sul
é outono!
Como nasci tão feliz da vida?
Não caía nenhuma folha da minha árvore da vida!
A astrologia me explicou
(como é sábia a astrologia)
A Terra comemora em março
O  início do Ano Vernal.
Explode o planeta nos Inícios, 
nas sementes a espalhar!
É isso!
Quando eu desci por estas bandas
passei pelos jardins do mundo
vi umas pétalas de flores tão belas.
inocente
não hesitei
surrupiei,
eu era criança
- não foi pecado! -
estavam todos distraídos,
com as coisas do parto,
as coisas do lado
matéria tangível
nem perceberam!
Só sei,
isso me contaram
lá na maternidade
um forte cheiro de rosas
espalhou-se pelos ares.
Enfim, já nasci aprontando!
Será, meu Deus, que já nasci pecando?
Mas eu era só um pontinho pequeninho.
Um anjo arteiro e safado!
coração da minha mãe sentiu, 
eu mandei um recado!
E o coração da Mãe Terra
disse-me baixinho:
- Vai, Maria!
- Vai, Izabel!
Você nascerá
com nome de duas santas,
a mãe e a tia
do Mestre Jesus!

Leva por toda a tua vida
as primaveras em todos os outonos!

E foi assim que tudo aconteceu.
ponto final.

Maria Izabel Viégas