Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ando sem inspiração.



Ando sem inspiração para blogar,
dei-me conta ao ver e ler post de amigos cujos blogues aprecio.
Nesses tempos loucos em que procuramos a todo instante
encontrar soluções para que o caos da nossa cidade, das terríveis notícias dos jornais, a densa e tensa vida dessa sociedade em que estamos inseridos, não nos contamine.
Falam muitos em meditar.
Aplaudo com reverência a todos que o conseguem.
São os herói da resistência.

Algumas vezes, me perco em divagações mirabolantes:
há três tipos de pessoas que meditam:
As que trabalham com terapia ou religiões que a praticam, ou seja, as que são místicas na sua crença ou as que ganham o pão nosso de cada dia no intuito de despertar corações, mesmo sendo este o seu trabalho.
E se é trabalho, a coisa já passa para o nível profissional, o que me remete a ganhos, a sustento, no ganha - pão.
O que me remete a já não achar mais tão lindinha a 'sua' meditação ensinada.
Pois levar o outro a despertar os olhos da alma já exige muito mais. exige um grau tamanho de pureza que, num pequeno descuido, vira troca de moedas. - o preço alto do 'investimento' para tornar-se docemente feliz.
E as intenções já para mim se esvaem num vazio de falácias.
Entendo que cada caso é um caso, e conheço pesoas lindas que se dedicam ao silêncio.
Notem: ao silêncio.
Não ao folder
anunciando o silêncio aprendido em workshops e vivências terapêuticas de iniciações.
Iniciações atraem seres necessitados, muitos com a vida desordenada, caótica, sofrida.
Justo por vivermos nessa sociedade bombardeada pelo medo de não ter.
Não ter dinheiro, não ter status, não ter felicidade.
E não se dá um start num fim de semana  e solta-se o "despertado" no trânsito caótico nem na família desajustada, nem na falta de amor.
Há necessidade de um acompanhamento do ser.
Uma terapia de reconstructo de tudo que foi despertado.
Esse seria o meu primeiro grupo.

Vamos ao segundo grupo:
os Paulos Coelhos, que moram ou têm um castelo e praticam,
além da escrita milionária de auto - ajuda ,
o esporte , definitivamente maravilhoso, do arco e flecha.
( Nota: Gosto do Paulo Coelho, um vencedor  e guerreiro, porque é, mesmo que muitos não concordem)
Aí quisera eu ter um castelo, atiraria flechas -  tantas -  que não sobrariam ditadores no mundo!
Não se assustem, não os mataria, apenas faria poções,
pois bruxo seria, e feria-lhes os calcanhares  com veneno de Medusa, estilo Hércules, para que se transformassem em Quírons Centauros, sábios, curadores feridos.
Iluminados sairiam não a matar a ilusão de seus povos
e, sim, a fome de saber e a cura dos pobre mortais.
Já teríamos soluções para a saúde e a educação.

Terceiro grupo:
os religiosos, ascetas, que meditam
pois atingiram o grau de elevação tal
que sublimam as tempestades
e choques vibracionais
deste planeta de loucos matizes.
Aprenderíamos com eles a não contaminar o alimento ingerido
com maus pensamentos pois n Cozinha do Monge há que se ficar calado.
Se pensam sandices,
isso eu não sei!

Enfim, como estou sem inspiração,
sai da minha toca e olhei para o céu.
Vi, sublime pessoinha, um, mas um só(estranho, não?) vagalume.
Que me despertou a mais doce alegria.
E percebi que ele subia, subia  e subia.
Naquele acompanhar de sua rota, vi o céu estrelado!
E pensei: - que maroto esse moleque - vagalume!
Ele me levou a olhar as estrelas.
Ando numa serra linda e meu ofício é todo diurno:
olho a natureza, planto, remexo na terra,
molho meus pé na água fresquinha,
mas meu companheiro é o sol.
E de noite, assim como o sol, me recolho.
Deixo a noite para as criaturas da noite, que fiquem em paz!
E sou um pouco respeitosa a cobras, ariranhas e afins.

E o vagalume, ou pirilampo, volto a ele, me mostrou um caminho de estrelas!
E, meditei sobre a vida, não em silêncio, mas em saudações de alegria:
- Boa noite, Três Marias!!!
Há quanto tempo, xarás, não as via!
Aqui na serra e no escuro, elas brilham que se regalam .
E, travei um diálogo com elas.
 Que Marias importantes para o nosso Brasil!
Esse mesmo Brasil
da sociedade caótica,
do trânsito perverso e
das pessoas adoecidas pelo medo,
essa terra que abençoada que está cravada no Hemisfério Sul!
E que só daqui assistimos e podemos dialogar
com essas Marias tão sedutoras e reluzentes!
Abençoados somos!

E me via a refletir:
- Será que Deus
as colocou ali,
tão enfileiradinhas,
numa ordem
corretamente reta,
para que nosso povo
lembrasse
que poderia não ser
por Acaso
que na nosssa bandeira
o lema é
Ordem.
E, se possível,
com boa vontade,
poderíamos ter o
 Progresso
- tão urgente e necessário  -
para:
o povo do medo
o mestre de que ensina silêncio,
o dono do castelo do nordeste pobre,
o místico que progride
sem se misturar
com povo nenhum?

Pois é...
Ando tanto sem inspiração.
Quem sabe amanhã?
 
- Maria Izabel Viégas -
.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A verdadeira bondade do homem




"A verdadeira bondade do homem
só pode manifestar-se em toda a sua pureza
e em toda a sua liberdade
com aqueles que não representam força nenhuma.
O verdadeiro teste moral da humanidade
- o teste mais radical,
aquele que por se situar 
a um nível tão profundo nos escapa ao olhar -
são as suas relações com quem se encontra à sua mercê:
isto é, 
com os animais.
E foi aí que se deu o maior fracasso do homem,
o desaire fundamental 
que está na origem de todos os outros."

Milan Kundera,
in "A Insustentável Leveza do Ser"

Vi certa vez um homem na Cinelândia, Rio de Janeiro, maltrapilho, de tanta poeira cobria-se de cinza, magro levando com orgulho ao seu lado talvez o seu bem maior: um cãozinho fogoso, preto, puro brilho, ofuscante de tão limpo e belo. Um contraste: os maus tratos do físico do homem e a formosura do seu animal de estimação, que o seguia. Iam felizes os dois. A praça tornara-se pequena para a dupla de amigos.
E eu, nem vi mais ninguém, só a eles. Dali brotava uma energia.
Sumiram o Teatro Municipal, o Museu de Belas Artes, a Câmara dos Vereadores,
prédios valorizados e nobres quedaram-se na sombra perto daquela dupla,
o belo cão e o homem pobre e maltrapilho.
Por ali passaram dois anjos.
Unidos na fraterna amizade.
E nada era maior que o amor entre eles!
Assim deveriam ser todos os homens, 
exércitos na simplicidade de heróis anônimos 
da Grande Arte de Amar o Pequeno.
De respeitar aquele que lhe parece mais fraco.
De ser generoso.
A bondade suplanta toda e qualquer atitude infeliz dos seres viventes.
Ser bom é ser mais que ser humano, ser mais que gente, é atingir a angelitude ainda aqui na terra.
Em todas as situações mais tristes e fatídicas que acontecem no cotidiano 
realmente a prova maior por qual passamos, 
o teste mais profundo, mais radical, 
prova maior de caráter é tratar com respeito
a todo aquele que possa nos parecer mais frágeis do que nós.
Penso que o mundo já seria mais civilizado se abrissem uma brecha para a bondade no coração de cada homem.
- Maria Izabel Viégas -

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sabes calcular a órbita da tua alma?

Quem Poderá Calcular a Órbita de sua Própria Alma?

" As pessoas cujo desejo é unicamente a auto - realização,  nunca sabem para onde se dirigem.  Não podem saber.
Numa das acepções da palavra, é obviamente necessário,  como o oráculo grego afirmava conhecermo-nos a nós próprios. 
É a primeira realização do conhecimento.
Mas reconhecer que a alma do homem é incognoscível é a maior proeza da sabedoria.
O derradeiro mistério somos nós próprios.
Depois de termos pesado o sol e medido por passos a Lua  e delineado minuciosamente os sete céus, estrela a estrela,  restamos ainda a nós próprios.
Quem poderá calcular a órbita da sua própria alma?"

Oscar Wilde, in 'De Profundis'




A sabedoria talvez seja a solução desta aventura  em busca de nós mesmos.
Como atingi-la?
Creio ser a humildade o primevo estágio de nossa escalada.
E somos humildes, queremos sê-lo?
Demonstramos na nossa voz e ações este estado de pureza d'alma?
O que me dizem, amigos meus, o que sentem?
Pois a alma só se atinge com o sentimento.
E a sabedoria, só com a razão?
E o que sabemos nós do Universo?
E quem viu ou ouviu a voz de Deus?
Na Bíblia Judaica consta que Deus no Início se comunicava diretamente com Adão, andava pelo Éden, não o viam, ouviam seus passos.
Depois, numa de suas últimas aparições falou a Noé sobre a Arca, até colocando Ele mesmo  os animais na Arca.
Mais tarde, foi se distanciando , só eram ouvidos e vistos os anjos, que ora falavam na primeira pessoa , indicando ser Deus, ora na terceira prenunciando ser um anjo o Seu mensageiro.
Mais tarde, falava na voz dos seus profetas.
E os homens, sentiram Sua Divina falta, se aperceberam deste afastamento?
Seria Deus a nos deixar mais soltos a usar o livre - arbítrio ou a provar que éramos sim a forma humana escolhida pelo pai para que tornássemos o mundo mais humano, mais justo, mais cônscios de que era a ação a continuidade viva do Verbo?
E hoje, após dois milênios do Cristo Jesus, 
seguiu o ser humano a mensagem do Amor puro do Pai, 
eis que através de seu sacrifício 
de tornar- se homem;
materializar- se através da dor 
da suprema de uma ovelha imaculada
de ser crucificado para que a Fé se  tornasse 
um Uníssono entre todos os homens...
Somos homens que têm a medida da órbita de sua alma?
Sabe o quanto o Bem nele se materializa.
Sabe mensurar o efeito nocivo do Mal que habita na mente, em ações em prol do Coletivo?

Será a medida da órbita da alma de cada homem do tamanho do quanto de humanidade ele agrega em si?
E terá mesmo a alma uma órbita?
Ou será mais um teste que Deus nos apresenta para que sejamos mais humanamente mais humanos?
Ou será que a órbita do homem é do tamanho da alma dos mais fracos, dos que sofrem violências, fome, injustiças?
Do tamanho da grande aura que envolve todos os animais inocentes da Terra?
Eu não sei nada sobre a órbita de minh'alma.
Só sei que hoje Deus nos fala pelas linhas tortas que nos defrontamos.
E se regozija cada vez que ouvimos Sua excelsa voz 
e acertamos o passo juntos na luta pela sobrevivência de uma humanidade mais digna.
Peco. 
Eu não sei. 
Eu sinto!
Se é que para Deus pecado existe.

- Maria Izabel Viégas -


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eu escrevo para descrever um olhar de mundo





Não escrevo para me rebelar com o mundo nem com a vida.
Não escrevo para me expor nem contar as dores mais profundas.
Nem para destruir a alegria e esperança do ser do outro lado da linha.
Escrevo para que se amplie o eco de todas as vozes do mundo.
Para que sempre se olhe a vida com todos os focos de visão que se puder ter e alcançar.

Há tanto a ser desvelado, desnudado.
Quantos lados das questões existem.
Todos temos um modo de olhar e ver a vida.
Que as palavras e sentimentos venham.
Sem explicações.

Não se explica o ser.
Não se explica quem se é
a todo e a qualquer ponto ou vírgula.
E se forem alvo de críticas, que assim o seja.
Porque meu foco de olhar não são a totalidade de mim,

nem têm a dimensão da órbita da minha alma.
São palavras daquele pensamento meu expresso, 

palavras não conseguem abranger o todo que há em mim.
Apenas se vive quando se opina e se escreve.
É a batalha diária de acordar e ir à luta!
Só. 

Nada simples. 
Nem sempre complexo.
Vezes, contundentes;
Vezes, doces ou ardentes.
Vezes, tão comum que nem se merecem ser escritas e ditas.
E mais um adendo:
Amanhã, certamente, serei outro ser - pensante,
quiçá melhor do que esse.
Pensamentos mudam. 
O ser mutante é agregador de muitos outros saberes.
Novos focos de visão ampliam-no.
Nunca subtraem-nos 
pois  a mente aberta 
nunca volta atrás,
segue adiante.
A vida vai vivendo o tempo do homem. 
É a missão do guerreiro contar suas derrotas e vitórias.
 

- Maria Izabel Viegas -

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Confusa eu fico, presa na realidade do mundo


"Eu não quero o Presente, 
Quero a Realidade  
Vive, dizes, no presente,
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; 

quero pensar nelas como coisas.
Não quero separá-las de si próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma. "


Alberto Caeiro, 
in "Poemas Inconjuntos"






E eu, nem sei o que mais quero.
Fernando Pessoa, o Caeiro deixou-me na infinita dimensão do vazio.
Não ser presente, 
como saber se esta é a realidade.
Tenho dúvidas 
Ao olhar a vida
os fatos
as observar pessoas 
caminhando
absortas
olhar vazio
olhar para dentro
olhar enebriado 
admirando coisas que não existem;
conversando em grupos
mas falando sozinhas;
ou pessoas - ecos
que se 
repetem
repetem
mas ninguém as escutam;
mil vozes 
mil gritos
que atordoam
que se perdem
no silêncio 
oco de palavras;
pleno de risos
mudos
berrantes
que nada representam
nem melhoram
nem pioram 
o mundo;
pois o mundo vai seguindo
sem elas
sem suas palavras
sem seus risos;

Que triste!
Eu nem sei se estou aqui.
Se não é outro lugar
outro tempo
outro espaço
outro universo paralelo
onde não existem as coisas
nem os tempos que se foram
nem os tempos presentes;
as coisas são voláteis
aparecem nas idéias
formas - pensamento
e somem em flashes
e voltam 
num futuro
iguais 
diferentes
não existe gente
somos espelhos
de algo
que se pensou
e um dia 
disseram
que era a realidade.
Estou confusa.
Nem sei se sou eu ou é outra que lhes escreve.

O mundo anda louco!
Ou louco é o meu eu no mundo? 

 - Maria Izabel Viégas -



 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Choro triste, perplexa ante o insano homem

Se os homens voltassem 
os olhos para o passado,
num raro e místico instante,
e permitido fosse, num retrospecto, enxergar
as conquistas e os desatinos,
os fatos e os feitos da longa história 
do seu povo, do seu mundo...
dariam mais valor à vida, à honra?




Choro...
E sei que sou de pedra...
Não é minha essência ser lágrima.
É minha essência ser rocha, dura, forte, indestrutível.
Por que choro, então?...
Não nasci águas de rios nem fontes?
Porque sou a base , o chão da terra do solo em que o homem pisa.
E vejo o homem se esfacelar em crises de razões, insana loucura!

Pergunto, se me permitem:

Quem quer ser mais cruel e frio?

. O Black Block que faz da sua mísera existência a maldade de atrapalhar os protestos das manifestações dignas de um povo que se politiza e cobra por seus direitos?

. Policiais que atacam e ferem uma mulher sozinha, numa rua deserta atropelando-a e surrando-a sem comiseração?

. O Governo Brasileiro que se omite, sim! SE OMITE!!!! Só fazem discursos consternados e falsos?

. Nessa ano de eleições os políticos que, como avarentos e ávidos abutres, estão a lutar não por melhorias para o povo que os elegeu, mas por cargos e benesses, pelo poder de um Ministério?

. Triste fico eu, uma pedra, ao observar que aquele rojão - bomba lançado num jornalista poderia cair em qualquer um desses filhos de alguém que andam distraídos por aí?

. Perplexa, sim, sou rocha atônita, por assistir a humanos que se preocupam apenas em usufruir boas venturanças
e se esquecem que para tê-las
é preciso:
ter as qualidades de terra, água, ar e fogo -
de todos os elementos - força da natureza,
SER MAIS QUE HUMANO
SER CONSCIÊNCIA
OUVIR A VOZ DO CORAÇÃO
SER ALMA!!!!!!!

Nunca esquecer que aquele que foi ferido podia ser teu amado, teu pai, tua mãe, teu filho, teu amigo, teu irmão,
repensa, ó homem insano!

- Maria Izabel Viégas -

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sobre... a memória.





Aqui me abstenho de comentar.
 Que eu compreenda.
Que você, entenda.



Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve, quando viu uma mulher chorando.

“Por que choras?”, perguntou ele.

“Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho, dos homens que amei. Deus foi cruel comigo porque me deu memória. Ele sabia que eu ia sempre recordar a primavera de minha vida, e chorar”.

O sábio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado ponto. A certa altura, a mulher parou de chorar:

“O que estás vendo aí?” perguntou.

“Um campo de rosas”, disse o sábio.
“Deus foi generoso comigo porque me deu memória. Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera, e sorrir”.

in Blog de Paulo Coelho


sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Criação em nós.



"Toda a Criação existe dentro de você,
e tudo que existe em você também existe na Criação.
Não há fronteiras entre você e um objeto que esteja bem perto,
assim como não há distância entre você e os objetos que estão muito longe.
Todas as coisas, as menores e as maiores, as inferiores e as superiores,
estão à sua disposição dentro de você, uma vez que são inatas.
Um único átomo contém todos os elementos da Terra.
Um único movimento do espírito contém todas as leis da vida.
Numa única gota de água encontramos o segredo do oceano sem fim.
Acima de tudo, uma única manifestação sua contém todas as formas de
manifestação da própria vida."

Kahlil Gibran


Mestres, profetas, sábios
sempre foram enviados até nós,
para tirássemos os véus de nossos olhos.
Ao contrário das religiões
que, embora preguem a união com Deus,
mais conturbaram que esclareceram a mente do homem,
aumentando a distância
entre a própria divindade e o homem,
entre os homens, os animais e a própria natureza.
Precisamos compreender
com muito clareza
que o mundo exterior se fundamenta
nos mesmos princípios arquétipos do mundo interior.
Isso nem mais é novidade.
Quem não o sabe?
Mas quantos o vivenciam na vida prática?
Que a lei da ressonância dita que
somente podemos entrar em contato
com aquilo que nós mesmos vibramos.
Atraímos e somos atraídos por tudo
que existe exatamente em nós.
Vivemos num movimento de busca de nós mesmos.
E é neste instante que surgem as maiores dificuldades do Ser.
Não podemos mais colocar a culpa fora de nós.
E é imprescindível limpar-nos da culpa que nos atormenta.
É possível tal "aventura"?
Claro que sim!
Temos em nós o que na filosofia hermética
define como o macrocosmo e o microcosmo.
Essa similaridade entre
o mundo exterior e o interior,
entre o Cosmos e a Humanidade.

Segundo Louis Pasteur...

"A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana."

- Maria Izabel Viégas -