Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Aquieto-me.

Navegar, disse o poeta, é preciso.
Caminhar alimenta o caminhante, renova-o em novos olhares.
E parar,  se faz necessário?
Permanecer atento ao mundo quando ele está em ebulição.
Dar um passo atrás para observar melhor a si mesmo.
Olho para mim pois que nada me adianta
Olhar a loucura dos outros.
Outro já é o seu nome.
Ele sabe de si.
Não o modificarei, impossível
 Quando o outro é uma Legião de seres sem mentes!
Recuso-me a 
proferir ou ouvir palavras malditas e mal ditas.
Recuso-se a 
ser ilusionista em falsas beatitudes. 
Não sei navegar em oceanos de tormentas.
Não sei dizer que o mundo está bem, 
que eu estou em paz,
quando há dores extremas no mundo!
Não compactuo com falsos profetas.
Nem meias verdades. 
Nem verdades inteiras.
Verdades?
Há que se re-inventar.
Calo-me.
Silencio-me .
Há vida dentro de mim.
Aquieto-me
Vivencio-a , 
alimentando-a da sanidade 
Aqui. 
Agora.
Alimento-me, entretanto, da dúvida cruel:
O que é melhor?
Sanidade ou loucura?
.

Maria Izabel Viégas



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