Navegar, disse o poeta, é preciso.
Caminhar alimenta o caminhante, renova-o em novos olhares.
E parar, se faz necessário?
Permanecer atento ao mundo quando ele está em ebulição.
Dar um passo atrás para observar melhor a si mesmo.
Olho para mim pois que nada me adianta
Olhar a loucura dos outros.
Outro já é o seu nome.
Ele sabe de si.
Não o modificarei, impossível
Quando o outro é uma Legião de seres sem mentes!
Recuso-me a
proferir ou ouvir palavras malditas e mal ditas.
Recuso-se a
ser ilusionista em falsas beatitudes.
Não sei navegar em oceanos de tormentas.
Não sei dizer que o mundo está bem,
que eu estou em paz,
quando há dores extremas no mundo!
Não compactuo com falsos profetas.
Nem meias verdades.
Nem verdades inteiras.
Verdades?
Há que se re-inventar.
Calo-me.
Silencio-me .
Há vida dentro de mim.
Aquieto-me
Vivencio-a ,
alimentando-a da sanidade
Aqui.
Agora.
Alimento-me, entretanto, da dúvida cruel:
O que é melhor?
Sanidade ou loucura?
.
Maria Izabel Viégas
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