
"Vóis sois a luz
que clareia o mundo.
Não se pode ocultar uma cidade
iluminada no alto da montanha.
Também não se acende
uma lâmpada para escondê-la
debaixo da mesa
ou dentro do armário.
Ao contrário, nós a colocamos
em lugar onde possa oferecer
luz a todos na casa.
Assim, portanto, que vossas
obras sejam como
lâmpadas que a todos iluminem.
E, ao ver tais obras,
as pessoas sejam levadas a
reconhecer a presença de Deus."
Evangelho de Jesus,
*Sermão da Montanha*
que clareia o mundo.
Não se pode ocultar uma cidade
iluminada no alto da montanha.
Também não se acende
uma lâmpada para escondê-la
debaixo da mesa
ou dentro do armário.
Ao contrário, nós a colocamos
em lugar onde possa oferecer
luz a todos na casa.
Assim, portanto, que vossas
obras sejam como
lâmpadas que a todos iluminem.
E, ao ver tais obras,
as pessoas sejam levadas a
reconhecer a presença de Deus."
Evangelho de Jesus,
*Sermão da Montanha*
Olho com imenso carinho o pequenino ser menino
que começa a aprender as primeiras letras,
a distinguir os sons do mundo,
a ouvir histórias que pertencem ao relicário do tempo.
Vibro, sinto a alegria das redescobertas,
quando a vencer seus medos,
re- interpretando, a seu jeito inocente,
novamente cada idéia
e organizando os pensamentos
que num amanhã serão
a sua imagem de novo homem.
E me quedo, sempre perplexa,
ao ouvir o homem velho,
ainda desconhecendo a filosofia
da soma dos pensamentos de todos os homens sábios.
Ele desconhece que já inventaram a roda e, num desatino,
insiste em contruir a mesma obra,
repete sempre, sempre a mesma história,
não valoriza os conhecimentos que já fazem parte
do Grande Livro do Saber Humano.
Vivemos a queimar a cada instante,
novas Bibliotecas de Alexandria!
Ainda hoje, clama por justiça e liberdade,
quando vive atolado no mar que criou com suas críticas e preconceitos.
Quando, ao invés de somar esforços,
dar as mãos ao ser que vive ao lado,
quer ser mais, quer ter o poder e glória,
não assume as faltas
que por ventura cometa
e nem sabe reconhecer a luz
dos seus irmãos companheiros de jornada.
Livros e livros espalhados sobre o mesmo tema,
histórias desconexas,
cada um com a sua "verdade".
E se possível, impondo-a aos demais seres que lhe são subordinados.
De quantas religiões, seitas ou crenças precisa o homem para ser mais feliz.
Se é que as cria para ser mais conectado ao sagrado.
Ou se as usa pra religar-se ao material profano.
Quer o ser humano alçar vôos ou quer fincar cada vez mais os pés na "sua" terra.
E quantas mais terras tiver o homem, mais poder e glória.
E para que filósofos, escritores, mestres, poetas, pensadores?
Formula-se novos ideários, vazios, ocos de sentido moral, honestidade e honra.
Esquecidos de toda a sabedoria acumulada no inconciente coletivo do planeta!
E cada vez que vejo surgir na Terra mais um menino,
me encanta a imagem de que essa criança
seja o Mestre voltando e que todos os seres
ouçam sua voz serena,
a repetir o Sermão do Monte:
Abençoados sejam todos os que sofrem a injustiça
de não poderem acender as suas velas,
de não poderem expressar suas idéias!
Abençoados sejam!
E que ninguém mais ouse calar a voz da criança-luz
que traz na inocência a mensagem de amor
que ecoa há milênios por todos os quadrantes do planeta.
Homens do mundo,
acendam a sua luz e não a esconda.
E que seja uma luz que clareie o mundo .
Que não colabore sua palavra para apagar
as luzes dos homens - pensamentos iluminados
- que já nasceram antes,
nem que profetizem mais dores e tragédias!
Pára, escuta a voz do seu irmão,
da sua mãe, do seu pai, do seu filho,
do homem pobre, do triste,
do louco que vagueia!
Quem sabe ele não é aquele
que tem a mais clara e pura luz!
Quem sabe não é ele o portador
do novo lume
que une todos os homens.
Que faça reinar aqui
no chão da terra
a perene e tão sonhada
Chama da Alegria!
Abençoados todos aqueles que ouviram
não se esquecem e seguem
as palavras proferidas
no Sermão do Monte!
Só estas já bastariam para criar
um mundo mais amoroso e justo!