Minhas Memórias
Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -
Amigos Caminhantes...
domingo, 27 de dezembro de 2015
Vida às nossas florestas!
Para todo aquele
que como eu,
ama a natureza,
do grão de areia ao infinito pó das estrelas!
Li, certa vez, a história de uma tradição indígena,
conto para vocês:
Quando os índios precisavam cortar uma árvore,
faziam uma celebração, um ritual.
Escolhiam uma, 'apenas uma'.
Todos dançavam em torno dessa determinada árvore.
E começavam com paus a bater no seu tronco.
E depois, rapidamente, corriam e se dirigiam à outra e a cortavam.
O porquê?
Pois que eles sabiam que a árvore que eles rodeavam
ficava assustada, aflita
tomada medo da morte que se anunciava.
A pobre árvore escolhida permanecia ali,
alerta e acordada,
num estado de crise, tensa, apavorada.
Enquanto as outras, no entorno, com o susto e medo,
desmaiavam, desfaleciam de tão tensas.
Logo, eles não feriam a que a alma sofria.
Eles cortavam uma que estivesse anestesiada,
não sofresse tanto.
E, aos pés da árvore abatida faziam um canto pedindo perdão!
Será que um dia, nós só abateremos apenas uma,
aquela que se faz necessária, pelos motivos de subsistência?
Que pena, triste evolução do ser humano,
lá no bem longe,
nós perdemos esse contato
com a alma do mundo!
Maria Izabel Viégas
domingo, 20 de dezembro de 2015
Amor sem horas marcadas
"Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor, que chega assim bem de repente..."
(Compositor: Angela Ro Ro)
Toda a forma de amor
Vale a pena
Todo carinho
Vale a pena
Amar é estar juntos
Sem se medir
Qualquer tempo
Ou em qual hora.
É beijar sempre o primeiro beijo.
Carinhos e carícias
Sem horas marcadas
E, se permitido for
Que seja para sempre
Tudo ou Tudo
O Nada não resistirá
À doçura do nosso primeiro olhar.
Maria Izabel Viegas
Assim como as canções, como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor, que chega assim bem de repente..."
(Compositor: Angela Ro Ro)
Toda a forma de amor
Vale a pena
Todo carinho
Vale a pena
Amar é estar juntos
Sem se medir
Qualquer tempo
Ou em qual hora.
É beijar sempre o primeiro beijo.
Carinhos e carícias
Sem horas marcadas
E, se permitido for
Que seja para sempre
Tudo ou Tudo
O Nada não resistirá
À doçura do nosso primeiro olhar.
Maria Izabel Viegas
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Essa tristeza é minha.
"A dor do mundo é grande?
Talvez seja.
Como não há metro para ela, não sabemos.
Mas, ainda que seja grande, curar-se-á aumentando-a com a nossa?"
Fernando Pessoa
Aprecia-me falar do amor.
Se a injustiça se propaga e avilta, solto minha voz aos ventos.
O sorriso, este faz-me bem dá-lo a quem passa por mim.
Pois o sorriso franco é a forma de conversar com o próximo num silêncio.
É repartir alegria, delicadezas.
Fecho-me, entretanto, na minha tristeza.
Essa é toda minha.
Tristeza assim como a infelicidade contagiam.
Aviltam aquele inocente que por nós passa
E que nada tem a ver com nossas mazelas.
Tenho em mim a dimensão da imensidão da dor do mundo
Por exemplo, numa gargalhada feroz e em gritos de embriagada alegria.
Não gosto de aqui falar de mim.
Pois estou triste.
E posso estragar seu dia.
São momentos em que preciso da solidão.
Já o disse: a dor e solidão são minhas.
É como se olhasse o mar.
O mar não me alegra.
Não o amo.
Dá-me tédio.
Pois que meu corpo é todo água.
O mar domina e é distante.
Sempre misterioso.
Vem e bate em minha pele, machuca meu corpo.
A maresia , desde criança, me traz náuseas.
Engana-se quem pensa que piscianos
Adoram o mar.
Alguns como eu, quero -o por perto
Mas que não me toque.
Prefiro o rio, que segue bravio ou calmo
Mas vai enfrentando tudo por onde passa.
E sempre chega a seu destino.
Mesmo que seja seu fim
Morrer no mar.
É sua sina.
Sabe que esta morte não é para sempre.
O sol virá e o transformará em água etérea.
Volitará. Viajará neblina.
E renascerá , pura e fresca em outro novo mundo.
Sobre essa agonia, me calo.
Embora meu desejo ardente
É que você , ao ler-me, esteja imerso em alegrias.
Que assim o seja!
Maria Izabel Viégas
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Para além do entendimento
"Não se preocupe em entender.
Viver ultrapassa todo entendimento."
- Clarice Lispector -
Não se preocupe em se explicar,
quem lhe ama o compreende.
Quem ama sabe que ser sincero
é o caminho para a libertação.
Que eu nunca faça
Ode à Perfeição
se ainda não sei
nem caminhar
com olhos fechados
no próprio solo
em que nasci.
Que sim,
eu celebre
a imensa alegria
de ter a suprema
oportunidade de viver
e tentar,
tentar
e tentar
ser melhor
do que eu mesma sou.
Serei merecedora
e responsável
pelo amor mais puro.
Meu amor - próprio.
Dignidade de ser.
Maria Izabel Viégas
domingo, 29 de novembro de 2015
Nasceu na hora errada e morreu só para aborrecer
Importa
Incomoda
O peixe
Morto
Na lama?
Estava no lugar errado na hora errada.
Importa
Se o peixe
Vale menos
Que a criança
que morre de fome
Por falta do pai morto na lama?
Quem mandou nascer
O pai, a criança e o peixe?
Estavam no lugar errado na hora errada.
Importa
O senador de lama
Que ajuda
O bode
Expiatório
De lama
Que rouba
O metal maldito
Por motivos humanitários.
senadores,
magistrados,
políticos
presidentes,
deputados,
vereadores
Com lama na alma
Todos no lugar certo na hora correta.
E para onde vai o metal maldito?
Importa?
Todos reunidos na França colorida.
Chefes de estado
Donos da lama.
E juntos vão decidir em
Acordos sanguessugas
Que a lama podre
Do podre e pobre
Estava e estará
Sempre
No lugar certo na hora correta.
É assim
Que foi
Desde o
Princípio.
E assim
Será para sempre.
É a lei
Do barro criado
e à lama voltará.
Para sempre
Por todos os tempos.
Maldito
Pobre peixe podre
Podre homem pobre.
Têm que aprender a lição!
E comer as migalhas nas mãos
Ou enterrado no chão.
Quem mandou estar sempre
No lugar errado na hora errada.
Só presta esse homem podre
Vivo
Nas eleições!
Pois é cego
Igualmente oportunista
Tem memória curta
E como o peixe
Só vale como refeição.
Malditos os homens que nascem para dar trabalho aos poderosos chefes da nação!
Malditos os peixes que ousam nadar em águas doces e claras!
Malditos os bodes que ousam fazer delação!
Malditos os que roubam e são descobertos.
Dão trabalho
Aborrecem.
Criminosos
Ousados
Enlameados
Alta periculosidade.
Maria Izabel Viégas
Incomoda
O peixe
Morto
Na lama?
Estava no lugar errado na hora errada.
Importa
Se o peixe
Vale menos
Que a criança
que morre de fome
Por falta do pai morto na lama?
Quem mandou nascer
O pai, a criança e o peixe?
Estavam no lugar errado na hora errada.
Importa
O senador de lama
Que ajuda
O bode
Expiatório
De lama
Que rouba
O metal maldito
Por motivos humanitários.
senadores,
magistrados,
políticos
presidentes,
deputados,
vereadores
Com lama na alma
Todos no lugar certo na hora correta.
E para onde vai o metal maldito?
Importa?
Todos reunidos na França colorida.
Chefes de estado
Donos da lama.
E juntos vão decidir em
Acordos sanguessugas
Que a lama podre
Do podre e pobre
Estava e estará
Sempre
No lugar certo na hora correta.
É assim
Que foi
Desde o
Princípio.
E assim
Será para sempre.
É a lei
Do barro criado
e à lama voltará.
Para sempre
Por todos os tempos.
Maldito
Pobre peixe podre
Podre homem pobre.
Têm que aprender a lição!
E comer as migalhas nas mãos
Ou enterrado no chão.
Quem mandou estar sempre
No lugar errado na hora errada.
Só presta esse homem podre
Vivo
Nas eleições!
Pois é cego
Igualmente oportunista
Tem memória curta
E como o peixe
Só vale como refeição.
Malditos os homens que nascem para dar trabalho aos poderosos chefes da nação!
Malditos os peixes que ousam nadar em águas doces e claras!
Malditos os bodes que ousam fazer delação!
Malditos os que roubam e são descobertos.
Dão trabalho
Aborrecem.
Criminosos
Ousados
Enlameados
Alta periculosidade.
Maria Izabel Viégas
Assinar:
Postagens (Atom)