Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

sábado, 8 de março de 2014

Contabilizando os ganhos e perdas da vida





Contabilizando os ganhos e perdas da vida:

Derrotas, algumas, bem expressivas.
Decepções, e como!
Hoje bem menos que antes.
Houve um tempo em que eu acreditava mais na pureza das pessoas.
E me entregava de cabeça nos relacionamentos.
Acreditava que aquilo que se dá, se recebe.
E hoje, sou um ser desiludido?
Não. Nem pensar.
Aprendi ( será que aprendi?) a respeitar as diferenças.
E se o diferente for exatamente eu mesma,
marco um ponto para mim.
Gosto de gente que é aquilo que faz, não aquilo que diz ser.
Como reconhecemos tais pessoas?
Não sei...
cada um de nós tem o seu parâmetro de julgamento.
Cada ser é único em sua liberdade de ser.
Só não podemos exigir de ninguém que nos aprove.
Como dizem:
Somos responsáveis pelo que falamos,
não pelo que entenderam do que falamos.
Não posso exigir que alguém seja minha cópia.
Não existe xerox de gente.
Deve ser triste cópias e clones de gente.
Quando passei a encarar
o medo de estar sozinha,
me vi plena de gente.
Gente que tem um sorriso farto,
gente que gosta de bicho,
gente que luta por seus ideais,
gente que não tem medo de dizer:
 - Não sei!

E de tantos 'não sei',
vi que muito mais sabia
porque as respostas fluiam
sensatas, criativas, coerentes,
vezes destemidas e loucas.
Aprendi a gostar muito de conversar comigo,
e descobri como conheço um pouco de tudo.
E como isso faz diferença.

Num diálogo franco e sincero,
aumentamos nossa auto - estima,
pois somos fiéis depositários
de nossas histórias mais íntimas.
Ganha-se força,
renova-se em coragem,
reaviva-se em esperança,
E passo a passo, vamos aprendemoso quanto somos capazes
de nos surpreender
conosco mesmos!

Só sei que pesando todos os prós e contras,
contabilizando perdas e danos,
sai até agora
ganhando!

- Maria Izabel Viégas -

3 comentários:

Lúcia Soares disse...

Que lindeza, Izabel.
Você escreve como eu penso. rsrs
Nós nos completamos. Bom seria se fôssemos um casal, hein? rs
Tudo lindo, "bebi" cada palavra, li e reli, li alto, dramatizei a fala (no sentido teatral). Amei, amei.
Bom final de sábado e lindo domingo, amiga.

Marli Soares Borges disse...

Beleza pura Maria Izabel. O auto-conhecimento é mesmo o passo inicial para nossa paz interior, para entendermos o mundo, o que nos fazem e principalmente o que nós fazemos. Aí a gente consegue contabilizar com clareza o 'lucro' e o 'prejuízo'. Mas isso, amiga, só se consegue com o tempo, com a vida, com o cair e o levantar e o seguir vivendo. Parabéns pelo texto e pela sua contabilidade. Também já fiz a minha, andei tendo uns prejuízos por aí, mas no 'fritar dos ovos', deu lucro. Bom domingo, flor. BJs, Marli

Luma Rosa disse...

Oi, Maria Izabel!

Um post bastante lúcido! Eu queria ser ainda inocente e não enxergar as pessoas como elas são. Prefiria um mundo onde as pessoas eram mais honestas, até mesmo com elas, mas a vida, em um dado momento nos joga água fria, como se para conhecer dela, precisássemos sentir toda a mágoa da decepção. Porque é muito fácil respeitar e entender o outro, mas não é sempre que recebemos a mesma compreensão. Fato é que não podemos desistir das pessoas, pois seria o mesmo que desistir de nós mesmos!
Beijus,