"A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso:
para que eu não deixe de caminhar."
*autor: Eduardo Galeano*
Penso que há muitos séculos ando atrás da utopia...
Já encontrei muitos rostos,
reconheço o som de tantas vozes,
por muitos corações me apaixonei...
Se hoje tenho tudo que gosto...
o que e por que não consigo parar?
Por que ainda persigo a nuvem
que, célere, corre nos céus
e nem me olha?
Por que quero tocar aquela estrela
que sorri para mim
todas as noites,
e malvada,
indiferente,
desaparece ao amanhecer?
Por que ando tanto,
caminho entre pedras,
já colhi mil flores
e ainda, crédula e tola,
sangro-me em seus espinhos.
Voo livre com as borboletas,
durmo na terra úmida e fresca das estepes;
já cegou-me o sol no árido deserto.
Procuro ainda
o pássaro sagrado
que numa época remota
um profeta me contou que existia!
Por que sempre insisto
continuo a caminhar
... não páro?
Por que?
Se ao meu lado
tenho tudo
que gosto e mais quero?
Será que é este o meu destino?
Ir sempre além da linha do horizonte
ao encontro da terra da utopia?
É a voz do santo, do mestre ou do louco que me guia?
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso:
para que eu não deixe de caminhar."
*autor: Eduardo Galeano*
Penso que há muitos séculos ando atrás da utopia...
Já encontrei muitos rostos,
reconheço o som de tantas vozes,
por muitos corações me apaixonei...
Se hoje tenho tudo que gosto...
o que e por que não consigo parar?
Por que ainda persigo a nuvem
que, célere, corre nos céus
e nem me olha?
Por que quero tocar aquela estrela
que sorri para mim
todas as noites,
e malvada,
indiferente,
desaparece ao amanhecer?
Por que ando tanto,
caminho entre pedras,
já colhi mil flores
e ainda, crédula e tola,
sangro-me em seus espinhos.
Voo livre com as borboletas,
durmo na terra úmida e fresca das estepes;
já cegou-me o sol no árido deserto.
Procuro ainda
o pássaro sagrado
que numa época remota
um profeta me contou que existia!
Por que sempre insisto
continuo a caminhar
... não páro?
Por que?
Se ao meu lado
tenho tudo
que gosto e mais quero?
Será que é este o meu destino?
Ir sempre além da linha do horizonte
ao encontro da terra da utopia?
É a voz do santo, do mestre ou do louco que me guia?
7 comentários:
É porque a criação acontece em movimento incessante... expirando e inspirando.
Nada pode parar...tudo muda, se transforma. Numa busca frenética pelo absoluto. Este absoluto que está no instante sagrado do intervalo, do descanso, da pausa....
Beijo grande amadamiga.
Astrid Annabelle
Amadamiga,
sempre me extasio,
me encanto com tua palavra sábia .
penso que assim o é !
... mas humanos ainda não paramos, seguimos...
quem sabe nossa sina?
Um dia, nossa visão apurada...
compreendamos já estarmos na linha do horizonte!
beijos nesta alma linda!
E sempre continuaremos até parar a respiração, o sopro através do corpo físico...fora do tempo...então estaremos.
Mais beijinhos
Astrid Annabelle
Ma Iza, querida...
Porque tudo que tem vida se movimenta, de uma forma ou de outra. Pra que sossegar num lugar se um mundo imenso espera por nós?
A vida é fascinante, o ser humano é complexo, e o movimento é necessário pra nosso crescimento.
Beijossss
OI MARIA IZABEL!
ADOREI ESTE TEXTO, PARABÉNS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com/
A Astrid falou e disse...!
E sua busca é muito bela...
quem procura acha...
Osho diz... "Um dia de tanto esperar.. Deus vem até você!"
Bju Mana Mainha!
William
Maria Isabel
Caminhamos e caminhamos, não sabemos onde começou e não sabemos onde terminará.
Creio que é constante, como numa espiral infinita.
Beijinhos
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