Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Encantei-me, encontrei-me. no azul do mar e do amar

Relembrando
pois existem pessoas que nunca esqueceremos.
Esta poesia fiz participando da Blogagem Coletiva sobre pintores
da amiga amada que mora em meu coração,
a poetisa e escritora Glorinha Leão
do Blog Café com Bolo



Hoje sou sentimento
Hoje visto-me em azules
Bailando no profundo amar das
Águas azuis, 
lindas orixás: 
Oxum, 
Yemanjá
Forças vivas
cantam e dançam 
seguindo a melodia das águas 
dos rios, cachoeiras e mares.
Ondas revoltas,
ondas suaves. 

Ondas mistério, 
águas abismais
giram e giram
numa dança magistral.

Serenas ou tsunamis.
Inconstantes,
femininas,
seguem o fluxo.
Bailar é o destino
sempre à procura de olhos
que as admirem.

De corpos que se desnudem
e mergulhem 
nas profundezas
da alma das águas
.

São mulheres, 
são meninas as ondas.
São bailarinas... 
este é o segredo do seu bailar!
E eu quero ser a bailarina
que se enrosca

sensualmente nas águas do corpo, 
que fala a linguagem
contida nas águas do amor.
Quero bailar contigo, 
ó mulher bailarina.
Quero penetrar nos teus segredos
Quero ir lá no fundo
Quero ficar pés descalços
quero sentir teu frescor
tua juventude
tua sensual paixão.
Enfim, 
rodopiando extasiada 
quero bailar nos teus passos,
acompanhar no compasso
da vida que pulsa
que arrasta
que inebria
e vive
e vive
e vive.

Quero ser como tu, azul bailarina...
Encontrar-me.
Encantar-te.
Enfeitiçando-me,

enfeitiçar meu amado amor.

Maria Izabel Viégas


Imagem: Tela de "Edgar Degas - Les Danseuses Bleues" 

3 comentários:

Regina Rozenbaum disse...

Que lindo Iza...Quando os olhos ficam atentos às pequenas preciosidades da vida fica fácil ser poeta. E vc não é portadora de distúrbio de atenção!
Beijuuss iluminada_maaaada

Lúcia Soares disse...

Muito bonita, Izabel.
Hoje me lembra uma grande amiga, que aniversariava nesta data.
Era fluida como uma bailarina, mas pés no chão, determinada. Viveu e amou intensamente. Significativo, para mim, ler esta poesia justo hoje.
Beijo, amiga.

Marli Soares Borges disse...

Ô minha poeta amiga, que lindo teu poetar. Seremos todas como bailarinas na fluidez de nosso pensar. Seremos? Queremos.
Bjs Marli