Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ando assustada com gente - borboleta




Nem sempre silêncio significa paz.
E para onde foram as borboletas azuis?
Tenho receio
de pessoas
silenciosas,
melhor dizendo,
silenciosamente
falantes.
Ando assustada
perplexa
com anjos
disfarçados
borboletas
alma de mariposas
rodopiantes,
alardeando
felicidade
estranha
não adoça
nem salga
insossa.
Confesso
vida inteira
conheci
poucas
raras
portadoras
do dom
do amor
que nem
precisa
de toques
de palavras
de silêncios.
Ando
medindo
medo
catarsico
dessa
espiritual
mania
de ser
aquilo
que  mais
parece
sombra de gente.
Ando assustada
será que as pessoas
andam vagando
em bandos
esquecidas
de que perderam suas almas?
Preciso
dormir
procurar
nos meus sótãos
nas gavetas de mim
se eu não ando
assim inquieta
porque também
perdi
deixei
por aí
a minha alma.
Volto
conto
tudo
visto
sentido
nessa
minha
insana
viagem.
Ou seria
o tal caminho
da minha cura?

Não se preocupem, eu sempre volto!

Verdade
verdadeira
eu nunca saio.
Vou, ficando aqui.
Estou aqui, lá estando.

7 comentários:

Cora disse...

Me fez flutuar!
Divino.

Clara Lúcia disse...

Mainha...
Gente calada me assusta muito... gente sem expressão que concorda com tudo, que fica te olhando de longe... não gosto!
Se vc vai... vá! Mas volte!

Beijos

Maria Izabel Viegas disse...

Obrigada, escriba Cora!!!!
Me emocionei com teu comentário, linda amiga!
Fui ao teu blogue, amei o post das conchinhas d sonho que prseneou ao teu sobrinho.
Amei tudo que vi!!!!
Só não consegui postar, este modelo de comentário me complicou. desculpa.
Quero estar sempre contigo!
Beijos agradecidos!

Maria Izabel Viegas disse...

Clarinha, tem certeza de que não é minha filha, hein? ;))
Om beijo no teu coração que gosto tanto!
Não vou embora, não!
Sou a mulher invisível, lembra?
Muitos beijos, linda!!!!!!!!

Bloguinho da Zizi disse...

Izabel
Nestas tuas idas e vindas, a tua cura se manifesta e o bom é que nos curas também.
Teu canto em verso me toca e me faz meditar, silêncio nem sempre significa paz....
Mas não te assustes... é assim que os seres caminham, perdidos dentro de seus mundos. Eles também vão e vem. Talvez sem a consciência do que procuram, mas um dia hão de se encontrar.

Beijinhos amadinha!

Denise disse...

Iza, acho que a Zizi sintetizou tudo que senti vontade de dizer...a metáfora do casulo cabe bem nessa caminhada reveladora, solitária, e nesse ir e vir, as asas se fortalecem para o voo final...se o silêncio nem sempre significa paz, talvez devamos considerar que é esta inquietação que provoca aquilo que buscamos - saudável e desejável silêncio atormenta_dor, nesse caso, não é??

Entre idas e vindas, a gente se cruza, e desses (re)encontros (re)nasce a fé na caminhada, e a parceria na jornada!

Beijos pra ti...com carinho!

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Olá minha amiga. É preciso ir e vir até encontrarmos o caminho certo. Beijos.