Assim falou o orador Sêneca(4aC a 65dC) há muitos, muitos anos atrás...
“Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos,
porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco,
não fazem nada,
não têm nada
e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões,
mas elas não conseguem nada,
não sentem nada,
não mudam,
não crescem,
não amam,
não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes,
elas viram escravas,
privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!"
(Sêneca)
Sempre me achei alguém que primava por viver em segurança.
Um dia escutei de uma companheira de trabalho algo que me fez repensar... é através do outro que nos enxergamos, muitas das vezes.
No exercicio de meu ofício fazíamos muitas reuniões em Seminários de Aperfeiçoamento Profissional .
Cada um de nós, após a exposição do tema, dividíamos os participantes em grupos de discussão.
E cada uma de nós ficava junto a um grupo, para dar suporte ao grupo.
Essa amiga me disse:
- "Você já percebeu o que faz? Que grupos sempre você escolhe para intervir?
Disse-lhe que não...não o sabia, ia para onde julgava ser necessário.
Era meu trabalho...
E um aprendizado novo sobre eu mesma, recebi nas palavras seguintes:
- "Você só escolhe grupos das pessoas mais complicadas, aquelas que se impôe às outras" ;
melhor dizendo aquelas que se julgam os " Senhores da Verdade", que não deixam o outro se expressar, os déspotas"...
...ou seja, daquelas que a maioria dos coordenadores fugiam...
E realmente :
Eu gosto de desafios.
Não os temo.
De que parte de mim brotou isto um dia, não o sei...
Creio que temos algumas virtudes ...ou não!
Mas, com certeza, é nas lutas diárias, simplesmente no Viver e Conviver... que aprendemos a nos conhecer melhor!
É... acho que assumo e assumi muitos riscos.
A uns... sucumbi, ferida.
outros venci!
Vivo uma vida bem simples e comum.
Nada de heroísmo, nem vaidades desnecessárias.
mas... não desisto da Vida...
Sempre digo, que se tivesse que escolher entre ser Galileu Galilei e Sócrates...
seria Sócrates,
mesmo tendo Sócrates morrido , não se submetendo ao poder pois mataram o seu corpo nunca sua alma.
Embora em muitas situações é natural que tenhamos medo , talvez por instinto de sobrevivência... e entendendo que a vida de agora deve ser preservada e vivida sem esmorecimento.
Enfim, acredito firmemente que minha liberdade maior está no meu pensamento.
Nele ninguém tem poder... de me aprisionar.
E afinal...quem não sofre neste mundo?
Que tipo de cicuta escolhemos para companhia:
A cicuta do não ser nada,
de renegar qaquilo que se é...
Ou a que nos liberta...
e nos faz "viver para sempre"!
Ainda bem que no nosso cotidiano , no Hoje, não temos que mais que tomar "cicutas".
Temos mais liberdade de SER ...
só precisamos saber o que queremos para nós mesmos.
E distinguir qual tipo de veneno nos fazem tomar
ou nos permitimos e nos entregamos
apenas por medo de tomar as decisões mais apropriadas.
Aliás,acho que Sócrates iria dar um "jeitinho" de enganar aqueles "pobres" Soberanos da Acrópole Grega.
E optaria por VIVER!!!
* Já coloquei parte deste texto num outro post.
Aqui mais completo...
