"Se alguém te perguntar
o que quiseste dizer
com um poema
pergunta-lhe:
O que Deus quis dizer com este mundo."
- Mario Quintana -
Tenho vontades múltiplas
caleidoscópio humano
mil faces da mesma face,
mil cores
mil desejos
um deles é
ficar aqui a te falar
outro, célere,
de ir embora.
Porque não sei na verdade o que faço aqui.
Não sou poeta
nunca me atrevi a sê-lo.
Sei que tudo que vivo
é fruto
do todo
e de detalhes
que guardei
na memória
da minha história.
Não posso como o poeta abrir minha alma
Ela é tão silenciosa
Tão amorosamente amiga
que entre nós não há necessidade de palavras
Somos uma só pessoa
Uma veste
que me cobre o corpo
diáfana
transparente
Invisível somos.
Sou tantas pessoas numa só.
neste instante não sei quem vos fala.
Quem sabe
daqui a instantes,
outra eu
aqui esteja
e não se importe
nem um pouco
se recebeste a minha carta
se ouviste minha voz
se realmente sou necessária
nesse aqui e agora
se esta carta encontrou
o alguém
que a leu
e que gostou
e se esse alguém
se importa
se eu fique ou vá.
É...
na verdade
quem se importa
com tantas palavras tortas...
Alguém?
Tu existes?
pronto
já remeti palavras para ti
Importa?
Aquela que falou
já silenciou
e foi embora.
Fico eu,
a outra
a terminar
o canto.
Não há palavra,
escritor,
leitor,
a carta.
Tudo se foi...
Perdeu-se
a palavra
no silêncio
das frases
sem sentido
que voaram
já esquecidas...
E alguém se importa?
Ah... vamos embora.
Adeus.
- Maria Izabel Viégas -
Minhas Memórias
Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -
Amigos Caminhantes...
sábado, 8 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Reencontrar nossa alma
"No fundo, existe apenas
um único problema
neste mundo:
como fazer com que
o homem
encontre de novo
o sentido espiritual da Vida.
Como provocar a nós mesmos...
para que retomemos o caminho
que nos faz olhar
nossas próprias almas."
- Antoine de Saint Exupéry -
Sinto tantas vezes,
meu coração pleno de fé e esperança no porvir.
Em relances de prazer, exulto em alegria.
No entanto,
lá dentro do peito,
geme e chora o receio
que acompanha
o cerne do 'ser homem'.
Que há milênios
por ter vindo do tão distante
esqueceu-se dos seus porquês,
quando foi e como foi o início,
e na dúvida dos descaminhos,
perde-se entretido nos meios
de encontrar os seus fins...
o propósito maior de sua vida.
Pobre de mim
que esquecido
assim sem perceber,
desconectei
o elo mais sagrado:
a conexão mente e alma,
deixei de ouvir a voz do coração.
Não existe sofreres
Nem perdas
Separações
Morte ou dor,
medo de se perder
Quando voltamos a compreender os códigos
da nossa alma.
Ela nos une a todos nossos eus passados.
Ela nos traz de volta os seres amados que antes partiram.
Não há passado, presente, futuro.
Estamos enlaçados pelo
Amor
Pura alma.
Juntos,
Fortalecidos,
Firmes
Reencontramos por todo o sempre
o sentido perene do nosso ser.
E nada mais tememos
Nem lamentamos
Estamos
Somos
Todos
a Alma do Mundo,
a nossa essência em Deus.
Maria Izabel Viégas
Sinto tantas vezes,
meu coração pleno de fé e esperança no porvir.
Em relances de prazer, exulto em alegria.
No entanto,
lá dentro do peito,
geme e chora o receio
que acompanha
o cerne do 'ser homem'.
Que há milênios
por ter vindo do tão distante
esqueceu-se dos seus porquês,
quando foi e como foi o início,
e na dúvida dos descaminhos,
perde-se entretido nos meios
de encontrar os seus fins...
o propósito maior de sua vida.
Pobre de mim
que esquecido
assim sem perceber,
desconectei
o elo mais sagrado:
a conexão mente e alma,
deixei de ouvir a voz do coração.
Não existe sofreres
Nem perdas
Separações
Morte ou dor,
medo de se perder
Quando voltamos a compreender os códigos
da nossa alma.
Ela nos une a todos nossos eus passados.
Ela nos traz de volta os seres amados que antes partiram.
Não há passado, presente, futuro.
Estamos enlaçados pelo
Amor
Pura alma.
Juntos,
Fortalecidos,
Firmes
Reencontramos por todo o sempre
o sentido perene do nosso ser.
E nada mais tememos
Nem lamentamos
Estamos
Somos
Todos
a Alma do Mundo,
a nossa essência em Deus.
Maria Izabel Viégas
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Você, amigo meu, já ultrapassou esta ponte, que separa os dois mundos?
Você, amigo meu, já ultrapassou esta ponte alguma vez?
Que separa o mundo dito real daquele chamado de imaginário, 'o lado espiritual da vida'?
Tem lembranças de vidas passadas?
Experiências com o mundo espiritual, com o lado invisível aos olhos?
Já mergulhou nas profundas águas do inconsciente?
Visões?
Sonhos que se concretizaram?
Viagens astrais?
Premonições?
Algum caso ou história para nos contar?
Então, vamos combinar?
escreve para meu e-mail...
E eu faço um post.
Pode ficar anônimo se quiser.
Posso responder à sua pergunta.
Só preciso que me dê seu nome verdadeiro.
Não o publico. Só se o desejar.
Estou aqui, esperando por você!!!
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
A Cidadezinha Qualquer, de Drummond... onde morar, nem pensar
Para quem gosta e entende astrologia tendo eu Sagitário na Cauda do Dragão ou Nodo Sul e Gêmeos na Cabeça do Dragão ou Nodo Norte vai compreender porque gosto tanto deste poema de Drumond, que aqui transcrevo lá abaixo.
Já tive tanta liberdade, já vivi em outras vidas tanto lá no bem distante, quem sabe numa cidade pequenina, numa floresta, num campo que chego a me arrepiar de viver num lugar sem ter o movimento de uma cidade grande. Sou urbana, podem crer. Embora viva cercada de plantas( um ipê roxo, cerca de florido e lindo bougainville e alamandas amarelas, um coqueiro, dois pés de acerolas e uma horta caseira).
Diz a Doutrina Espírita que nascemos no lugar cerrto para desenvolvermos todos os nossos potenciais,
aqueles determinados por nossa alma perene, escolhidos, quiçá, se temos este merecimento, por nós mesmos, antes de reencarnarmos , para testar o quanto aprendemos por aí, nas vidas anteriores e nas entre-vidas.
Pois é... Gêmeos quer biblioteca, quer muitos bairros, quer carros, quer muitos locais onde posso de tudo um pouco bisbilhotar.
Gêmeos quer detalhes, precisa ser mais flexível, aprender mais estar sempre em movimento, no meio das notícias...
E posso lhes afirmar que
... nasci no Rio de Janeiro.
E como gosto da praia, do mar sair para o Alto da Boa Vista e ver floresta. Subir no Cristo Redentor e descer à beira da lagoa Rodrigo de Freitas.
Ter uma Avenida presidente vargas, uma das principais, tendo no final dela,(ou será no início?) uma Igeja da Candelária exatamente "de costas" prá nós. É o urbanismo mal planejado das grandes cidades, a história do Rio explica...
Ahhh.... e a Cinelândia, amava ir com meus pais à Cinelândia, no Centro da Cidade!
Extasiava-me ficarali à frente do belíssimo Teatro Municipal, entrar na Escola de Belas Artes, na Biblioteca Nacional.
Recordo-me com saudade, quando pequenina, vi uma onda no Arpoador, em Ipanema, mar aberto, 'a maior onda do mundo', isso aos olhos meus de criança. Fiquei com a boca aberta de susto e prazer sei lá quanto tempo. Até hoje gravadas na minha retina o rosto e o largo sorriso do meu pai e da minha mãe.
E se saudade do cheiro de mato gostoso me chega...
num pulo posso voar até a Região Serrana,
pegar estradas e sair admirando os lugares, as cidadezinhas pequeninas, cheias de encantos, mas que NESSA VIDA, já não me encantam mais. Só para passar, admirar, visitar e voltar!!!
E Drummond, o poeta, onde entra na minha história?
Já lhes conto, olha só...
"CIDADEZINHA QUALQUER"
"Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
devagar... as janelas olham.
Eita vida besta, meu Deus."
- Carlos Drummond de Andrade, in Antologia Poética -
Ah, poeta, faço coro contigo nesta poesia...
eu juro: morreria de tédio
se eu tivesse
que andar
nessa qualquer cidade
assim...
tão devagar!
sábado, 1 de setembro de 2012
Viver é mudar... é a lei da Natureza é nossa natureza do ser
"Quando o inverno chega,
as árvores devem suspirar de tristeza ao ver suas folhas caírem.
Dizem: “jamais seremos como antes”.
Claro. Ou então, qual o sentido de renovar-se?
As próximas folhas terão sua personalidade própria,
pertencem a um novo verão que se aproxima,
e que nunca poderá ser igual ao que passou.
Viver é mudar – e as estações nos repetem esta mesma lição todos os anos.
Mudar significa passar por um período de depressão:
ainda não conhecemos o novo,
e temos que esquecer tudo aquilo com o que estávamos habituados.
Mas, se temos um pouco de paciência,
a primavera termina chegando,
e esquecemos o inverno de nossas desesperanças.
Mudança e renovação são leis da vida.
É bom acostumar-se com elas,
e não sofrer com coisas
que só existem para nos trazer alegrias."
ZHUAN ZIU fala da natureza
in Paulo Coelho Blog
Tudo que nos acontece do nascimento ao último suspiro tem um significado especial.
Só que, como não nascemos com o tal manual de Instruções, ficamos atônitos perante as adversidades e até mesmo, para alguns, a alegria incomoda.
Tem gente que parece que nasceu já tão desconfiado que até a alegria, o momento de prazer faz doer, causa ansiedade.
Somos pessoas estranhas, somos pessoas humanas.
(Sim, pessoas humanas pois contamos por aí um grande contingente de pessoas desumanas)
E assim sendo... feitos desta matéria bruta,
feitos de carne e osso,
tudo tão frágil
Ao menor contratempo,
a qualquer instante,
podemos quebrar,
portanto, sentimos medo das perdas.
Viver temendo o perder é a pior opção
a triste escolha do Não Viver vivendo.
Somos sazonais como a natureza.
Somos primavera, verão, outono, inverno.
Num mesmo dia observamos assustados cairem folhas de nós na mais leve ventania.
Num mesmo dia podemos ser as quatro estações.
Dependendo das experiênciss vivenciais do cotidiano.
Belo é quando aprendemos a ser,
com naturalidade e sabedoria,
primavera na primevera,
verão no verão,
outono no outono
inverno no inverno,
cônscios de que amanhã o tempo vira,
a mudança chega
e nos encontrará
renovados
pois aproveitamos
o melhor de cada estação
da natureza,
do tempo
e do ser.
- Maria Izabel Viégas -
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