Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A vida, segundo Freud e Fernando Pessoa - e eu, esta que vos fala.


* Créditos: Site Citador, aqui, agradeço!

Com a palavra dois gênios:

Freud:
O ego é sempre o padrão pelo qual a pessoa mede o mundo externo. A pessoa aprende a compreendê-lo por meio de uma comparação constante consigo mesma.

Fernando Pessoa:
A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe é pouco, esse império é um campo.

Somos exatamente do tamanho do nosso ego.
E ouço muito a máxima de que devemos abandonar nosso ego, que não devemos ser controlados pelo ego. Ele é o vilão da vez.
E se abandono meu ego,  quem e o que coloco em seu lugar?
Quem me dará a medida certa de quem sou?
Como Freud o define será ele o padrão, a base com o qual nos confrontaremos - não no sentido de embate, luta - e sim, no estar face a face com a vida, a sociedade. Sociedade esta na qual fui inserida e que me deu as coordenadas do meu modo de agir.
Nasci e fui criada numa família, núcleo primevo que foi me moldando a seu modo. E daí saindo fui para a escola, o trabalho, já tendo na bagagem valores, muitos frutos da educação que recebi.
Não vi ninguém neste ninho a cometer sérios pecados capitais. Não tenho esta herança,
mas uma criança que nasce no meio de tiroteios e drogas, com muita probabilidade, pode achar tudo isto normal.
E quem nasce num meio familiar rico em posses  poderá ser atado a valores materiais cuja perda seria a morte. Se bem direcionado, grandes feitos poderá deixar de legado ao mundo. Se mal orientado, poderá , assim como o menos favorecido, acostumar-se a cometer os mesmos tipos de crime, só que mais requintados, talvez até podendo dependendo da sua influência na sociedade civil ser de alta periculosidade, pois sua ação atingirá uma coletividade inteira.

Afirma-se que até os sete anos o ego ainda estará mais influenciável para que uma educação nobre melhore este pequeno ser.
Após, vamos nos recordando dos ditames norteadores desta nova encarnação.
Chegamos aos 29 anos, e aqui me remete ao primeiro retorno de Saturno, o Senhor do Carma, o Professor que andou de sete em sete anos a nos apontar com desvelo não de verdugo, como muitos fatalistas proclamam, mas de 'pai' ali presente, atento, olhar de mestre.
Nesta fase cíclica,  começamos a separar os valores que nos ensinaram,  daqueles que julgamos como parte de nossa história;  escolhemos os nossos próprios valores.
Fase difícil para quem se deixou levar e não assumiu responsabilidades por si mesmo. Quem não sabe separar o seu "trigo" do manancial de joios que a educação em sociedade nos bombardeia cotidianamente.

Nada tenho contra o meu ego. Ele existe, quem sou eu para discutir com Freud.
Ele nos dá forma, tamanho, proporções, pesos e medidas.
Eu é que posso como um doidivanas inflá-lo com orgulhos desmedidos, posso fazê-lo maior do que minha estatura.
Posso ser a essência do camponês que o campo é meu reino, amando os bens morais, intelectuais, e captar a imagem da plenitude da harmonia e beleza no que conquistei e sempre continuar a arar minhas terras, tornando-a mais fértil.
Ou posso, vestir meu ego de ouro e pedrarias, construir castelos que me justifiquem o poder da ambição desmedida, tomar para mim a soma de todos os medos de perder meus campos. Tornar-me rei dum reino perecível pois na matéria tudo um dia acaba , se transforma. Não somos eternos.
Posso também fazer do meu reino um manancial de bênçãos, onde muitos venham se refrescar nas águas dos meus rios.
É tudo uma questão do como direcionamos nossa vida.
Uma simples questão de valores: materiais, morais e espirituais.
Quais priorizamos, melhor seria todos, guardadas as devidas proporções.
Mas isso já é outra história...
Você sabe quais são os seus reais valores? Na verdade, num nível primitivo a maioria das pessoas sabem de pronto quais seus valores materiais,; os morais, já começam alguns enganos e, tantas, não atingem a devida valorazão dos espirituais.
Eu os redescobri, discernindo melhor, no estudo da astrologia.
Um caminho de auto-conhecimento, onde encontrei minha bússula apontando para o Norte!

3 comentários:

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

Já tenho nos últimos tempos ouvido muito sobre o ego que preciso abandona-lo por isso ou por aquilo,mas nada tão sucinto e bacana como aqui agora com vc Isabel,tudo é uma questão de medida e clareza!
Abraço.
Grata!

Bloguinho da Zizi disse...

Izabel, houve um tempo onde eu dizia que tínhamos que destruir o ego, pois ele era o causador de todos os males, mas um dia acordei e pensei que, se o ego existe ele tem uma função e, quando temos consciência disso podemos "moldá-lo". Ele nos permite conhecer o lado sombra e integrá-lo.
Beijinhos minha amadinha

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Izabel
Passo, com calma, bem antes da data, para desejar-lhe, com carinho fraterno, que vc tenha Boas Festas neste fim de ano!!!
"A felicidade é com a gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila, depois que leve oscila e cai como a lágrima de amor".
Que vc seja muito abençoada e feliz!!!
Bjs fraternos de paz
P.S. O ego pode ser nosso amigo até... tudo vai do nosso trabalho intenso em compreendê-lo...