O nosso planeta sofre a dor do esquecimento.
Vagamos perdidos sem mais saber ler a mensagem das estrelas.
Perdemos o contato com Deus.
Li há muito tempo sobre o desaparecimento de Deus.
Fiquei ensimesmada, não era mentira,
estava na Bíblia, eu vi.
Que no Início do Mundo
Ele falava com Adão e Eva.
Soube-se que expulsou os dois do paraíso.
E que em Gênesis 9: 1 ao 6,
Deus fez um acordo com Noé,
Abençoou-o e aos seus filhos.
E um dia voltou e falou à Moisés,
indicando-lhe as regras que seriam a Salvação do homem.
Ditou-lhe os Dez Mandamentos.
Ninguém o via, só Moisés o escutou.
E Moisés precisou ser firme.
O homem queria o maná e nada fazer para merecê-lo.
E o Deus virou austero com o povo desobediente.
Alguns profetas começaram a receber mensagens de Deus.
Era a fala indireta.
Não mais Deus aparecia, nem se ouvia a Sua Voz.
Eram os mensageiros alados que mostravam as ordens de Deus.
Até Maria, Nossa Sagrada Mãe, recebeu a visita de um anjo, não a fala direta de Deus.
'Tudo que falo não invento,
gravado está na Bíblia Sagrada.
Hoje chegaram outros mensageiros.
Uns iluminados e outros nem tanto assim,
gurus, modernos profetas que trazem as notícias,
mas sempre a palavra é do homem.
E muitos falsos profetas estão a proliferar
mensagens sem credibilidade alguma.
Será que Deus cansou-se do homem?
Isso seria terrível.
Perderíamos o nosso Norte.
Ficaríamos órfãos.
Deixaríamos de ser irmãos, pois é a Paternidade Divina que nos faz irmanados em fraternidade.
E em Jesus nascendo, trouxe nova mensagem renovadora,
trocando a austeridade pela caridade e amor.
Deus era Pai de Jesus
e Ele, o Mestre nos fez seus irmãos.
Nada exigia de nós, só que cumpríssemos a lei antiga.
Acrescentado um ponto:
Além de amar ao Pai Nosso sobre Todas as coisas...
bastaria Amar ao próximo como a nós mesmos.
Só isso. E dar exemplo com as nossas ações.
Isso era demais para o homem!
O rude homem condenou-o à morte.
E neste dia fez-se trevas.
Neste dia novamente nosso planeta mais adoeceu...
Hoje estamos entre duas Eras,
a de Peixes e a de Aquário,
numa Transição Planetária,
algo espetacular, momento de tal magnitude
que extrapola nosso entendimento
pela força celestial que estamos a receber.
Deveríamos exultar em ser personagens desta fase da História do Planeta.
Muitos dizem que viveram na época de Cristo,
brincam, quando sofrem algum penar,
e proferem estas palavras doentias:
"- jogamos pedras na cruz"!
Que triste lembrança,
se assim o fosse a alma estaria tão marcada a ferro e fogo,
como atentar contra a vida do mestre e ser leviano a falar.
O mundo anda doente, esquecido de dialogar com a alma.
E como vivem os homens aqui nesta crosta terrestre?
Uma pessoa vive lá longe na China mora sozinha,
insatisfeita, tem fome e não verte uma lágrima.
Não chora porque de nada mais adianta. Suas lágrimas secaram.
Outra, que mora ao meu lado, perdeu seu amado e vive a chorar.
Acreditava na vida e a vida a traiu, levando o que era seu por contrato.
Soube de algumas que têm tudo na vida, bebem com fartura.
Parece que é para esquecer que são solitárias num salão repleto de gente.
Essas tem vestes ricas mas sempre sentem-se nuas.
Não choram, só gritam, uivam, cantam frenéticas.
Esperam espantar a sua dor.
Nosso planeta adoeceu e ninguém percebeu.
O nosso planeta sofre a dor do esquecimento.
Onde se encontra o Livro das Memórias Perdidas?
Fiquemos um pouco do nosso cada dia em silêncio.
Fiquemos na serena Meditação do Silêncio.
É no Silêncio que Deus e o Mestre se revelam a nós.
Na palavra não dita.
Ouve a palavra do irmão que ao teu lado procura uma prece.
Ora com ele e por ele.
Divide o teu pão.
Ama o amor que Deus te dá cada momento.
E muda a História do Mundo
que ainda estamos escrevendo.
Ainda temos tempo.
Ouça as palavras do Mestre Jesus
que ainda ecoam no Silêncio do Mundo.
Só precisamos abrir o nosso coração.
Curando a nós mesmos,
acabamos com esquecimento
que os homens doentes espalharam pelo mundo.
Curaremos o planeta,
seremos personagens ativos
E vivos, perenes, lembrados
através dos Tempos nesta iluminada transição.
No futuro, talvez
aqui ou numa estrela,
leremos, melhor, encontraremos
o Nome da nossa Alma!
Maria Izabel Viégas
Ressaltando que o texto meu não é um resumo, nem de longe do livro que li,
como é extremamente uma rica fonte de pesquisa, cito-o:
"O Desaparecimento de Deus" - um mistério divino.
autor: Richard Elliot Friedman
edição de 1995 -
Imago Editora
Friedman, R. Elliot, segundo consta na obra, é professor titular de hebraico
e literatura comparada e ocupa a Katzin Chair na Universidade da Califórnia. É
doutor em teologia por Harward e professsor visitante em Oxford e Cambridge. Foi bolsista do American Council of Learned Societies e é membro do renomado Biblical Colloquium. É autor do livro Who wrote the Bible.
Encantei-me com seu amplo conhecimento, cito um dos comentários sobre a obra:
"Um trabalho encantador e inteiramente novo de argumentação teológica e reflexão religiosa desenvolvido por um estudioso da bíblia que escreve com a pena de um anjo. Friedman explora mistérios profundos das Escrituras, da filosofia, da teologia, da história e da ciência em busca de sensibilidade religiosa para essa era de renovado contato co o deus vivo"
Jacob Neusner, professor - pesquisador de Estudos religiosos, University of South Florida
"Com uma mostra assombrosa de conhecimento profundo apresentado com extrema leveza[...], Friedman aborda as questões morais e religiosas fundamentais que confrontam o atual mal-estar e a futura sobrevivência da nossa espécie. Se ouvirmos, haverá esperança."
H.G.M. Willimson, professor titular de hebraico, Oxford University