Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em Citador encontro Fernando Pessoa e o autoconhecimento


Quando nasce uma criança, renasce uma alma.
Vem pura e simples,
engatinhando na procura de alinhar-se ao novo ser que ressurge.
Dizem que até os sete anos estará esquecida de quem é.
Grande a responsabilidade dos adultos
em conduzi-la em e no amor.
Pois não é da fome de pão que morre o corpo apenas.
Morre-se, aos poucos, a inocente e frágil criatura
ao matá-la com nossos preconceitos
e maus tratos físicos, morais e sociais.
Morre a alma ao serem desconectadas de seus sonhos.
Quem sou eu na medida em que cresço e me re-descubro?
Quem sou eu quando me liberto do que me ensinaram,
de tudo que não tem peso e valor para minha vida?
Muitos ficam meras cópias,
nada acrescentam
à sucessão de gerações
de pensamentos falsos
e ilusórios acerca
do que é o melhor
para o homem ser o humano mais puro!
Somos jogados aos leões
e nem notamos,
inocentes,
o quanto somos fortes na arte da sobrevivência.
Sim, somos fortes
quando ousamos nos olhar nos olhos
e encontramos, mesmo que a duras penas, o nosso verdadeiro eu.
Somos heróis de cada dia!
Somos sobreviventes quando nos redescobrimos.
E quando, mais ousados, aprendemos a gostar
da imagem que se forma à nossa frente,
que viva a alegria!!!
Aprendemos a ser gente!!!

Sim, poeta!
Não somos da altura do que outros nos vêem
e conceituam como sendo...
Somos da altura que nossos olhos podem ver!
E estamos cada vez mais
nos respeitando
e nos compreendendo
e nos amando.

É...
deve ser este o caminho...
Assim é...
que deve ser o roteiro de vida do viajante em busca de si mesmo!!!

Um comentário:

Beth/Lilás disse...

Nossa, Maria Isabel, que espetáculo a continuidade de pensamentos filosóficos você deu ao belo poema de Fernando Pessoa!
Parabéns, adorei!
um beijo grande, carioca