Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Trovas de matuto, pelo espírito de Cornélio Pires


Trovas de  matuto
 - pelo espírito de Cornélio Pires -


 Reencarnação - benefício
Que a outro não se compara,
É o modo que Deus nos deu
Da gente mudar de cara.

 "Seguro morreu de velho",
Diz o refrão popular,
Mas faleceu de preguiça 
Com medo de auxiliar.

Na sepultura comum
Da devota Florisbela
- Morreu fazendo jejum
Comendo numa panela.

Longevidade não vem
Nem de fartura ou de fome.
Longevidade é comer
Metade do que se come.

Inveja em torno? Desculpa.
Todo o desprezo de alguém
É quase sempre louvor
Àquilo que não se tem.

Pôe na peneira do exame
Quanto pedes e obténs.
Há muitos bens que são males, 
Muitos males que são bens.

Silêncio é ouro - legenda
Que vale por alto escudo,
No entanto, onde o mal domina
Silêncio piora tudo.

Quem lhe fala, meu amigo,
Dos tristes defeitos meus,
Se vem conversar comigo
Chega falando dos seus.

Renova-te! Alguém já disse,
E disse com precisão,
Que a rotina é uma empregada
Escravizando o patrão.

À vezes o bem, no mundo,
Não sabe onde se acomode.
Quem pode ajudar não quer,
Quem quer ajudar não pode.

As pessoas preguiçosas
Conforme o senso comum,
Querem sempre algum trabalho
E estão sem tempo nenhum.

Se a prece não me auxilia
A ser de todos o irmão,
Se a fé não me purifica,
Para que religião?



Do livro
'O Espírito de Cornélio Pires"
psicografia de Francisco Cândido xavier e Waldo Vieira
editado pela FEB.







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