... "Quantas vezes tentei fechar os órgãos do sentido e abri-los para o interior para ouvir a Voz!... Nada consegui.
... não quis desperdiçar meu tempo... o melhor a fazer seria cumprir minhas tarefas cotidianas tão bem quanto possível...
E como nos distraímos e, por tantas vezes, nos enganamos ao intentar entrar em transe e meditação, esperando ouvir vozes e "ver" o inimaginável.
...
"Também pensei que, assim como a vidraça da janela precisa estar limpa quando se quer avistar por ela a luz do sol... da mesma maneira eu teria de limpar primeiro a alma de todas as colocações egoístas, para poder ver a verdade com toda a nitidez."
E começou a atenta tarefa de observar a si mesmo em todos os pormenores de seu cotidiano.
...
"Comecei a pesquisar a fonte e os motivos de todos os meus pensamentos, palavras, movimentos e ações. Que força desconhecida atuava em mim?
De onde provinham os meus pensamentos?...
...
Por que desejava num determinado momento fazer isto ou aquilo?
Quando me sentia feliz com alguma coisa, tentava descobrir por que aquilo me trazia alegria.
Quando algo me irritava ou deprimia, pesquisava os motivos.
Quando achava alguém simpático ou antipático, analisava-me imediatamente, para descobrir que caractérísticas da pessoa me levavam a essa impressão.
Eu me observava durante todo o tempo, querendo saber por que gostava de fazer algo e detestava outra coisa."
E ela observava as causas e os motivos que a levavam a ficar eloquente ou silenciosa.
O efeito de suas palavras e ações nela e nos outros.
"Tentava constantemente trocar de lugar com o interlocutor do momento, o que eu sentiria se ele dissesse as mesmas palavras que eu estava lhe dizendo?
Eu me mantinha constantemente e ininterruptamente sob controle.
Essa contínua dissecação trouxe-me incontáveis tesouros."
Firmemente acredito que se aprende mais de si mesmo no cotidiano,,
no contato com o outro ser humano.
Muito que eu me re-eduquei não foi sentada sozinha a meditar.
E todas as ligações minhas com o Cosmos
foram frutos de momentos de insights,
puro êxtase, profundo despertar...
nas alegrias e nas dores do viver!
- Maria Izabel Viégas -
Esclarecendo que nada tenho contra a meditação.
São Momentos de Silêncio Sagrado.
Aprecio muitas meditações sugeridas por amigos.
Só que qualquer meditação orientada por outra pessoa me faz muito mal.
Cada um de nós tem um caminho...
E deve segui-lo com profunda dedicação e respeito.
* O texto entre parênteses tiveram como fonte:
o livro "Iniciação" de Elisabeth Haich
** Imagem: pintura óleo sobre tela de Caio Borges
6 comentários:
Izabel
Uma maneira simples e bem consciente de fazer uma auto-análise.
Lindo o texto e a imagem.
Uma semana de muita re-descoberta pra vc.
Beijinhos
Zizi
Texto muito bom.
Beijo meu.
Creio que o contato com outro ser humano e o conhecer, sinceramente, se observando, são dois procedimentos que muito podem nos ajudar a crescer.
Beijos.
É na socialização que descobrimos nossas qualidades e fraquezas. Sozinho qualquer um pode ser o que quiser, o que imaginar, mas junto de outro ser, tudo reflete, tudo bate e volta! Boa semana! Beijus,
Bom dia Isabel!!!
Seja super bem vinda na Jubiart!
Gostei da energia daqui... Vou dar mais um passeio nos seus textos cheios de vida!
Uma quinta-feira iluminada p/ vc!
Beijooooooooooo
Olá Izabel,
Muito interessante sua forma de auto-analisar-se. Acho, inclusive, que torna-se um trabalho muito proveitoso este que vc discorreu. Dá uma grande segurança para podermos conhecer melhor nossos sentimentos e reações com as demais pessoas com quem nos relacionamos. É conhecer-se a si próprio. Gostei muito do texto. Elucidativo e muito apropriado.
Convido-a a visitar-me em meu blog e, se gostar, siga-me e deixe um comentário para mim, ok? Já a estou seguindo e voltarei aqui sempre.
Grande beijo,
Maria Paraguassu.
Postar um comentário