Minhas Memórias

Eu.
Sou feita de todas as lembranças de todos os instantes desta vida.
Sou refeita em todas as tomadas de decisões e ações investidas.
Sou construída pelos sonhos de outrora.
Existo pela insistência em declarar-me viva.
No pensar invado a razão.
No sentir mergulho e banho-me em sentimento.
Nas dúvidas extasio-me nas redescobertas.
Nas certezas confronto-me com a complexidade.
Nas emoções reacendo-me em amores e alegrias.
Infinitamente disposta a existir.
Participar ativamente da memória
deste mundo em que escolhi escrever
e ser a minha história.
Aqui é o meu tempo agora...
- Maria Izabel Nuñez Viégas -

Amigos Caminhantes...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mãos sublimes que nos amparam.



Até o momento sublime 
em que nós, humanos,
compreendermos que a vida
não é só feita de contratempos
vezes tidos como impossíveis de superar.
Que existem altos e baixos, 
andamos flutuando por vezes,
loucos por 'respostas' que venham do além.

E percebamos que o caminho é nossa escolha... 
sempre um jogo de sim e de não.
Vamos indo assim...
ora angustiados com problemas 'sem solução'
ora tropeçando em meio a nossas conquistas;
Não nos permitimos o prazer de parar e usufruir os bens alcançados.

Mal se passa um dia de festa
e já lá estamos a almejar
o mais subir,
o mais ter,
o ser o maior,
o ser melhor.
Deixar nossa marca no mundo!!!

Deixamos nossas marcas no mundo,
nesse solo que pisamos,
e que pensamos que é nosso?

Qual o bem maior que nos pertencerá por todo o sempre?
Este corpo que pesa e sofre
ao impacto de um único:
- Não!

Ou seremos para sempre
os leais e dignos donos
da pureza e da leveza de nossa alma?

Somos humanos sim, somos sofríveis e perecíveis, eu sei.
Mas a vida ser-nos-á mais simples,
se nestes dias de aflição,
em que recorremos à reclusão
pois a dor do mundo nos pesa...
não olvidarmos que
somos co-criadores da Obra Divina.
E só nós podemos reescrever a nossa lenda pessoal!

E acreditarmos com força e fé na mão amiga
que nos socorre, ampara;
e energiza
nosso coração ainda tão necessitado
de amor e condução.

Acreditar que a vida,
usando mãos amigas,
 sempre nos oferece flores
éxige de nós confiança e fé...
Nunca estamos sós...
Minhas mãos sentem o suave contato
da mão que vem do outro mundo...
E eu, ó meu Deus,
preciso tanto ser aquilo que
Eu Sou
e que, vezes infinitas vezes,
esqueço
e choro...
esqueço
que só preciso
sentir...
a Tua mão na minha
e Ser... 
Simplesmente seguir
e Contigo Ser.



_ Maria Izabel Viégas _

2 comentários:

Élys disse...

Belíssima poesia. Ser aquilo que Eu Sou é o suficiente.
Beijos.

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

Acreditar que nunca andamos sós....
Nossa cada vez que venho aqui aprendo uma lição!!
Grata querida Isabel!
beijo